Lucas Pinheiro celebra título mundial e explica aposentadoria

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Lucas Pinheiro conquistou o seu primeiro título mundial na faixa-preta. Foto: Kyle Huang

O manauara Lucas Pinheiro protagonizou uma cena marcante na Pirâmide de Long Beach, na Califórnia, no último domingo, 4 de junho. Após oito anos na faixa-preta, o lutador da Atos conquistou o sonhado ouro no Mundial da IBJJF. O título veio após derrotar o então campeão Thalison Soares por três vantagens na final do peso-galo. 

Depois de ter o braço erguido pelo árbitro, o novo rei da categoria não conteve a emoção. Lucas chorou bastante, retrato do significado da conquista, e sinalizou a aposentadoria ao estender a faixa no tatame. Em seguida, recebeu um abraço do professor André Galvão.

Lucas Pinheiro reforçou na final que ninguém tiraria o título de sua posse. O atleta de 29 anos atacou a todo momento na decisão e impôs seu estilo ofensivo para superar o adversário. O manauara marcou as  vantagens de puxada dupla, meia-guarda e por quase passar a guarda de Thalison. 

O aluno de André Galvão manteve o controle do combate e refutou as tentativas de raspagem do oponente. No decorrer da campanha rumo ao ouro, Lucas venceu quatro adversários. Entre eles, Bebeto Oliveira, com quem já tinha travado uma luta emblemática no Brasileiro, Rodrigo Otavio.

“Ganhar o Mundial na faixa-preta é o que todo competidor almeja na carreira. Esse era o meu sonho. No ano passado eu ganhei o Mundial No Gi e só faltava o Mundial de kimono. Graças a Deus eu consegui. Eu ganhei de todo mundo nesse Mundial. Ganhei do campeão Mundial faixa-marrom do ano passado, ganhei do campeão Brasileiro do ano passado, venci o Bebeto Oliveira, que foi campeão Pan-Americano e Mundial No Gi, e do Thalison, que era o atual campeão até a nossa luta. Foi maravilhoso conquistar esse Mundial ao lado da minha família, e com o meu professor ali me acompanhando. Estou muito feliz e realizado”, disse o faixa-preta da Atos Jiu-Jitsu.

Lucas Pinheiro e Thalison Soares se enfrentaram na final do peso-galo no Mundial 2023. Foto: Kyle Huang

Com o ouro neste Mundial, o manauara, que possui no currículo os títulos do Mundial Sem Kimono, do Brasileiro 2023, entre outros, entende que fechou o seu ciclo nos tatames. Apesar de estar no ápice de sua carreira, Lucas decidiu que era a hora de pendurar o kimono. O faixa-preta disse que já se sente realizado com tudo o que alcançou na carreira e que agora é o momento de pensar em outras possibilidades para o seu futuro.

“Não tinha melhor momento para me aposentar. Eu já tinha decidido isso, já estava no meu coração que se eu fosse campeão Mundial eu iria me aposentar. Eu já ganhei tudo o que tinha para ganhar na faixa-preta. Estou feliz e realizado com todos os títulos que conquistei, então esse era o melhor momento, me aposentar no topo, como campeão Mundial de Jiu-Jitsu. Agora vou focar na minha família e trabalhar pensando no meu futuro de outras formas. Agora só penso em dar aulas, ter os meus alunos e viver a minha vida”, explicou Lucas.

“Foram oito anos como faixa-preta tentando e, graças a Deus, eu não desisti. Se aposentar no topo é o melhor sentimento de todos. Espero ter ensinado muita gente com isso. Para tudo existe um momento bom e esse era o meu momento. Tinham pessoas que eu nem imaginava que estariam lá. O Ronaldo Jacaré é meu ídolo e ele estava lá. Foi o melhor momento de todos. Foi uma benção de Deus e eu não podia deixar passar”, concluiu o campeão mundial. 

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