Daniel Mérola Ignacio, 25 anos, cresceu em cima de um tatame. Filho do faixa-preta e célebre árbitro Sérgio Ignacio, foi criado nas tradições da família Gracie, e acompanhado desde os primeiros treinos por seu padrinho, Renzo Gracie.
Foi mestre Renzo quem o guiou ao longo de toda a sua formação — do kimono ainda folgado na infância à faixa-preta conquistada com mérito e honra.
Mais do que um atleta disciplinado e técnico, Daniel encontrou no ensino sua verdadeira vocação. Desde jovem, passou a liderar aulas e seminários, com destaque para seu trabalho com mulheres e crianças, onde combina sensibilidade, clareza e confiança. Ele confia que o Jiu-Jitsu pode ser uma poderosa ferramenta de transformação pessoal — hoje, seu maior objetivo é tornar essa transformação acessível a todos.
Além do ensino em academias para públicos diversos, Daniel atua de forma singular na área de treinamento voltado à segurança e à defesa pessoal. Cursou Administração de Empresas, conciliando seus estudos com treinos, aulas e seminários, e hoje é sócio de uma das mais respeitadas empresas de treinamento para segurança do país.
No dia a dia, instrui profissionais da segurança privada e pública, auxiliando-os no desenvolvimento técnico, físico e emocional necessário para suas funções. É também instrutor convidado de instituições como a Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, a Core, o grupo de Paraquedistas do Exército e a Acadepol, a academia de formação da Polícia Civil do Estado do Rio.
Num dos contextos urbanos mais complexos da América Latina, sua contribuição é reconhecida por colegas e autoridades como um diferencial raro para alguém de sua idade.
A trajetória de Daniel no Jiu-Jitsu competitivo é marcada por conquistas significativas que evidenciam sua excelência. Em 2022, foi vice-campeão brasileiro sem kimono pela IBJJF. No ano seguinte, conquistou a medalha de ouro no peso pesado, em evento internacional da CBJJO. Também em 2023, foi campeão do “Rei do Rio”, torneio promovido pela FJJ-Rio, a primeira federação de Jiu-Jitsu do mundo. Em 2024, venceu sem kimono o campeonato Rio International Open no superpesado faixa-preta, pela IBJJF.
Conquistas essas sempre aliadas a um trabalho árduo dentro e fora de sua empresa. Mas, segundo ele mesmo, estas são apenas algumas etapas no seu caminho. Os próximos passos? Levar seu conhecimento a novas fronteiras — dentro e fora do Brasil.
GRACIEMAG: Ainda lembra como deu seus primeiros passos com kimono?
DANIEL IGNACIO: Mal consigo lembrar qual foi o meu primeiro dia dentro do tatame; é como se eu sempre tivesse estado ali. Sinto que o Jiu-Jitsu esteve presente na minha vida desde o primeiro dia, porque tive a bênção de ter um pai que sempre colocou os ideais do Jiu-Jitsu como modelo de educação para me guiar dentro e fora da academia. Meu contato tão cedo com o Jiu-Jitsu se deve ao meu pai, Sérgio Ignacio, e ao meu padrinho, Renzo Gracie. Por volta dos 3 anos de idade, comecei no judô, e logo em seguida fui para o Jiu-Jitsu — e então também para o wrestling. O wrestling é popular nos Estados Unidos, e eu vivi lá durante a minha infância, então também é uma luta que faz parte da minha trajetória.
Como a paixão pelo Jiu-Jitsu prevaleceu?
Eu sempre soube que o Jiu-Jitsu era a minha maior paixão. Cresci no tatame e dentro de uma empresa familiar de treinamento de seguranças, onde utilizamos o Jiu-Jitsu para ensinar defesa pessoal. Além de ter o incentivo e inspiração do meu pai e do meu padrinho, contei com a sorte de ter uma mãe que sempre se desdobrou para conseguir me levar e estar presente em todos os treinos, lutas e competições desde muito novo. Sem essa abdicação e amor dela seria impossível.
Como foi sua sensação ao chegar até a faixa-preta?
Minha trajetória até a faixa-preta foi longa. Desde a faixa-branca até a faixa-preta, foram mais de 16 anos de caminhada. As avaliações para mudança de faixa sempre seguiram um processo rigoroso: o primeiro passo era estar treinando ativamente no Jiu-Jitsu; em seguida, era necessário conhecer todas as técnicas correspondentes à minha faixa na época, conforme descritas no livro do Renzo e Royler Gracie – um livro onde as técnicas estão separadas por faixas. Também estudei o conteúdo do livro de grande mestre Helio Gracie sobre Jiu-Jitsu e defesa pessoal. Com esse conhecimento consolidado e já tendo cumprido o tempo apropriado, passava por uma avaliação técnica e de desempenho na qual eu precisava vencer oponentes mais graduados e maiores para conquistar a faixa seguinte. Como meu pai e meu padrinho Renzo me incentivavam sempre a participar dos melhores seminários e a treinar com alguns dos melhores do mundo, a evolução não parava nunca.
E como foi a sua etapa como faixa-marrom, prestes a receber a preta?
Nessa fase, optei por competir o Campeonato Brasileiro da CBJJ ainda como faixa-marrom, para fechar essa etapa da melhor maneira possível. Acabei conquistando o título de vice-campeão brasileiro e, após isso, viajei para a academia Renzo Gracie em Nova York, onde passei um mês treinando intensamente. Muito do que sou e no que acredito devo aao meu pai e ao Renzo. Não poderia ser mais grato por, como costumamos dizer, ter aprendido direto da fonte. Fui extremamente privilegiado por ter acesso a tantos nomes influentes da linhagem Gracie desde cedo, e fiz questão de aproveitar todas as oportunidades que me foram dadas. Após aquele mês, enfim me “formei” como faixa-preta. Foi um dia marcante, cheio de emoção, em que percebi o quanto valeu a pena cada etapa da jornada. Não é um caminho fácil, e muito menos rápido; ele ensina o valor da perseverança e da paciência. Não existe qualquer tipo de atalho para a faixa-preta, o único caminho é não desistir.
E o trabalho voltado para segurança pública e privada, como está?
Atualmente, nossa empresa tem mais de 35 anos de atuação. Um legado que tem sido passado do meu avô ao meu pai, e do meu pai para mim. O lema da empresa é algo que levo para a vida e pretendo passar para meus futuros filhos: “Lute e vença!”. É uma frase curta mas cheia de significado. Desistir não é uma opção. Além do conhecimento técnico de defesa pessoal e Jiu-Jitsu, tentamos passar essa mensagem diariamente: de que o trabalho é árduo, mas, com a luta, vem a vitória — e é a crença nisso que nos leva adiante. Hoje tenho quase 20 anos dentro do Jiu-jitsu, que mais parecem uma vida inteira. Eu sei, porém, que essa caminhada só está começando.
O que você aprendeu como competidor?
Nos campeonatos, aprendi muito sobre autocontrole e sobre lidar com as minhas emoções — fossem elas boas ou frustrantes. Aprendi como a minha mente e os pensamentos controlam o meu corpo e as decisões que preciso tomar em milésimos de segundos. Sendo assim, não importa se houve centenas de horas de treino, musculação e boa alimentação – a sua mente precisa estar focada, tranquila e positiva na medida, ou já era. O Jiu-Jitsu nos ensina a respeitar o oponente antes de qualquer coisa, porque a soberba é o caminho mais rápido para a derrota — e a verdade é que podemos aprender com todos. Não importa a cor da faixa, a idade ou o peso: todos podem ter algo a nos ensinar. É impressionante o quanto eu aprendo dando aula para crianças novas — seja sobre o Jiu-Jitsu ou sobre a visão de mundo.
Como é sua abordagem ao ensinar Jiu-Jitsu para as crianças?
Sou apaixonado por crianças. Elas têm uma leveza, pureza, e um olhar para a vida especial. Tento levar um pouco dessa positividade delas para minha vida pessoal. Nessa fase da vida, elas são como esponjas e absorvem tudo o que passamos, então precisamos estar atentos ao que falamos e a como podemos auxiliar na construção da autoestima e da autoconfiança delas. A abordagem com os pequenos e pequenas tem de ser sutil. O Jiu-Jitsu é introduzido de forma leve e divertida. Não pode ser uma aula maçante sobre movimentos extremamente técnicos. É um equilíbrio entre técnica e momentos de lazer. Logo, o treinamento infantil deve ser divertido, porém disciplinado. Queremos que as crianças se divirtam, mas também que elas aprendam a respeitar, a ter disciplina e a se defender. Entender que o Jiu-Jitsu é uma forma de defesa e não de ataque é fundamental.

Medalha recebida por contribuição ao ensino policial, no Rio de Janeiro.
Qual é o maior objetivo dos professores que lidam com alunos tão jovens?
Em nossa equipe buscamos sempre ensinar a importância do menino ou da menina ser autoconfiante e, ao mesmo tempo, humilde. Ensinamos a manter a distância dos problemas e a lidar com eles com disposição e de cabeça erguida. Muitos pequenos estão ali porque querem aprender ou porque sofreram algum tipo de trauma. Nessa idade, o Jiu-Jitsu é importante para gerar uma criança segura, sem medo, confiante, com boa autoestima, controlada, preparada e respeitosa. O Jiu-Jitsu, assim, é essencial para prevenir o bullying, tanto para evitar sua prática quanto para prevenir que a criança seja alvo dele. Trabalhamos muito isso com as crianças, ensinando todas as técnicas necessárias para que elas sejam capazes de se defender.
Onde você aprendeu a ensinar a garotada?
Para passar tudo isso de um modo leve e agradável, utilizamos diversas técnicas e métodos diferentes. Muito desse conhecimento absorvi no curso do mestre Leão Teixeira, de aprimoramento para professores de Jiu-Jitsu infantil, referência nacional no ensino de Jiu Jitsu para crianças. Foi também nesse curso que tive a oportunidade de dar aulas e aumentar minha experiência com elas. Hoje, já encontro alunos adolescentes para quem dei aula há alguns anos, quando eram crianças, e eles me trazem muita gratidão por como pude participar de suas evoluções pessoais. Não vejo a hora de, daqui a alguns anos, ver que meu trabalho levou à construção de adultos melhores, de caráter e confiantes.
Qual foi a maior lição de superação que viveu no Jiu-Jitsu?
Houve um torneio que disputei em que estava dormindo muito mal há dias, no hospital, com a minha esposa internada. Para “melhorar”, tive um rompimento do ligamento do tornozelo logo nos primeiros minutos de luta. Meu corpo estava exausto, minha mente, muito preocupada com a saúde dela, e eu estava há semanas sem treinar por diversas questões pessoais. Além disso, lutar com um ligamento rompido é uma dor excruciante. Ainda assim, eu não desisti e acabei por finalizar o oponente, levando a medalha de ouro para o hospital. Esses momentos te mostram que o Jiu-Jitsu que aprendemos com os Gracie vai muito além da luta — é um aprendizado de vida. Porque, na vida, quase nunca teremos as condições ideais para realizar nada. Temos de trabalhar com o que temos, fazer o nosso melhor e acreditar que aquilo vai ser suficiente. Essa garra e determinação são o que mudam a vida de alguém — é o que define o tipo de vida que se terá.
Você viu o Jiu-Jitsu mudar a vida de jovens com traumas?
Tenho alunos que realmente mudaram suas vidas graças aos treinos. Deixaram de usar drogas, de beber sem controle, de conviver com pessoas que não agregam. Passaram a acreditar no próprio potencial, a fazer escolhas mais acertadas, a ter disciplina, rotina — e isso os levou a lugares que nem eles mesmos imaginavam alcançar. Essas mudanças de vida que eu presencio diariamente, através do Jiu-Jitsu, são, com certeza, o que mais me marca e mais me motiva nesse caminho.
Quando você descobriu sua vocação para ensinar?
Desde que eu tinha 12 anos, quando já ia constantemente para a empresa de treinamento onde trabalho hoje, para acompanhar meu pai em suas aulas. Foi assim que o meu avô ensinou a ele, e ele a mim. Meu pai é um professor nato, e sempre me admirei ao ver como ele fazia parecer fácil falar para tantas pessoas e construir uma linha de raciocínio clara, para que todos pudessem acompanhar e assimilar. Como meu pai, acredito que sempre tive vocação para ensinar e ajudar; sempre tive paciência e clareza para orientar na evolução dos alunos. Mas o que aprendi com o tempo é que, quando dominamos um assunto, temos humildade para aprender ainda mais sobre ele, e ensinamos com amor e atenção, conseguimos ser bons professores. Depois de alguns anos sendo forjado na empresa como ajudante, comecei a dar aula oficialmente em 2019, quando já me sentia mais pronto e preparado. Desde então, tenho feito de tudo para ser o melhor professor possível.

A valiosa medalha de Daniel no Brasileiro da CBJJ: no caminho certo. Fotos: Acervo Pessoal/GRACIEMAG
O que é preciso para ser um instrutor eficiente?
Creio que ensinar está muito ligado à empatia: saber se colocar no lugar do outro e entender como ele vai receber a mensagem que se quer passar. Cada aluno tem uma história, um contexto cultural, familiar e pessoal. Dar aula requer se conectar com os alunos e entender a necessidade deles para compreender qual será a melhor forma de entrega. O linguajar, o nível de dificuldade, a cobrança, e tantos outros aspectos do ensino se adaptam de acordo com o tipo de aluno que está do outro lado. Entender isso foi essencial para dar uma boa aula e ser compreendido. As aulas para leigos, para profissionais da polícia, para crianças, homens ou mulheres: todas têm suas especificidades e merecem cuidados específicos.
Como são suas aulas de defesa pessoal para mulheres?
Infelizmente, vivemos em um mundo machista, onde as mulheres sempre têm de lutar mais para se sentirem ouvidas, respeitadas e, principalmente, seguras. O Jiu-Jitsu, há quase cem anos, sempre se mostrou uma excelente ferramenta para dar às mulheres um pouco da autoconfiança e segurança que a sociedade tira diariamente. É algo que indico para todas as mulheres que conheço, de todas as idades. Saber se defender é essencial para todos nós, mas especialmente para as mulheres, que são frequentemente alvos de crimes bárbaros, tanto dentro quanto fora de casa. Para minha especialização, fui até a referência do Jiu-Jitsu feminino, a escola Gracie Kore da campeã Kyra Gracie, faixa-preta renomada com livros sobre o tema. Kyra adotou como missão maior levar o conhecimento do Jiu-Jitsu para mulheres de uma forma em que elas se sintam bastante confortáveis e seguras ao absorver. Fiz um curso profissionalizante de ensino do Jiu-Jitsu para mulheres, na metodologia Gracie Kore, onde obtive grande aprendizado sobre como conduzir as aulas de maneira que as mulheres se sintam valorizadas, respeitadas e confiantes. Aprendi ali a criar um ambiente confortável e inclusivo para todos dentro do tatame.
Já ensinou policiais mulheres? Como é essa experiência?
Sim, tive a oportunidade de ministrar aula de técnicas de Jiu-Jitsu aplicadas à defesa pessoal feminina no Centro Desportivo da Polícia Civil, no Rio de Janeiro. Nessa aula, recebemos policiais mulheres e também o grupo “Empoderadas”, um grupo sensacional de enfrentamento à violência contra as mulheres, muito inspirador e necessário. Foi uma ótima experiência, onde pude ensinar mulheres fortes a terem mais formas de se defender. Pretendo seguir aprendendo bastante nesse âmbito, já que quero muito auxiliar as mulheres da melhor maneira possível. Como homem, entendo que existem nuances na realidade de vida das mulheres que eu não sinto na pele, então é importante ouvir para compreender.
Qual a importância do Jiu-Jitsu para as forças de segurança, no Rio ou no mundo?
Formar agentes preparados vai muito além de simplesmente estar pronto tecnicamente para um conflito. Graças ao Jiu-Jitsu, criam-se agentes com autocontrole e autoconfiança, que conseguem lidar com situações reais com calma, clareza e ética. A maior responsabilidade que tenho é o compromisso de tornar esses profissionais mais bem treinados, para que possam se proteger e proteger a população. Esse treinamento é tanto técnico quanto mental. Um bom profissional de segurança, treinado no Jiu-Jitsu, pode transformar uma situação potencialmente letal em uma situação não letal, salvando e poupando a vida de terceiros. Um policial treinado no Jiu-jitsu, em diversas situações, não precisa usar a arma de fogo para se defender, o que oferece uma segurança que vai além do porte de arma. Assim, o Jiu-Jitsu pode ser utilizado para prevenir a escalada de conflitos, onde, através do controle técnico, podemos proteger tanto o agente de segurança quanto o cidadão. Todo o nosso treinamento é adaptado ao ambiente realista das forças de segurança pública ou privada para as quais estamos oferecendo esse treinamento.
Como seu conhecimento de situações reais ajuda nos resultados como lutador, no Jiu-Jitsu esportivo?
Gosto de lutar para frente, sempre buscando quedar e finalizar. A rotina de preparação envolve estar sempre treinando e ativo, seja com treinos pesados, drills, musculação ou dando aulas. O bom lutador deve estar sempre pronto e preparado. Desde que peguei a faixa-marrom, passei a dar ênfase ao Jiu-Jitsu sem kimono, ou “no-gi” lá fora. Eu via ali uma maior similaridade com o nosso dia a dia e com a defesa pessoal, já que não temos o pano para segurar e o controle fica muito mais difícil. Acredito que todo praticante de Jiu-Jitsu deve se testar em uma competição oficial, ao menos uma vez. Nós descobrimos muito sobre nós mesmos quando estamos no tatame, no meio de uma arena lotada de oponentes. Aprendemos a lidar com a pressão de uma forma diferente. A mentalidade deve ser de sempre querer evoluir e aprender, de sempre estar preparado para o combate, e de saber lidar com a vitória, assim como com a derrota. O principal é se sentir treinado e aprendendo sempre. Isso dá a sensação de dever cumprido antes de a luta começar, e essa sensação é mais do que essencial para conseguir vencer. Sem ela, já se entra derrotado.
Quais são os seus objetivos hoje como professor?
Quando a gente respira Jiu-Jitsu, aprendemos que nossa modalidade não é somente um esporte; é um estilo de vida. Hoje não penso em formar apenas atletas para vencer campeonatos. Quero construir pessoas fortes e confiantes, que pelo Jiu-Jitsu alcancem uma vida melhor e se tornem pessoas melhores. Quero combinar a minha formação acadêmica em Administração pela IBMEC, meu domínio da língua inglesa e meu conhecimento de defesa pessoal para atuar globalmente. Quero desenvolver programas educacionais, ajudar na expansão do Jiu-Jitsu pelo mundo e formar alunos com os princípios e valores nos quais acredito. E, com tudo isso, continuar ativo nas competições de alto nível, porque aprendo e evoluo muito em cada uma delas. Espero poder inspirar outros, assim como muitos veteranos me inspiraram a ser quem eu sou. Muito obrigado a todos pela oportunidade.

Daniel entre o pai e o padrinho, ao se formar faixa-preta em Nova York, na Renzo Gracie Academy. Fotos: Divulgação