Campeão do Vegas Open comenta novos rumos

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O Jiu-Jitsu nao para de crescer nos Estados Unidos, e cada vez mais faixas-pretas se mudam para a terra do Tio Sam para treinar, competir e principalmente ensinar nas academias de arte suave e MMA.

Batemos um papo com um desses professores, o campeão do Las Vegas Open Marco Antonio Giudice Machado, o Sharpei, que recentemente se mudou para os EUA para reforçar a equipe de Robert Drysdale na Califa.

Você chegou a mudar até de equipe antes de vir para cá. Como foi isso, e como está a nova vida?
Foi uma decisão muito difícil, pois tive de mudar de equipe. Eu estava no Barbosa e o Robert me chamou para integrar a equipe dele. Achei a proposta muito boa e aceitei. Estou morando em Lancaster e dando aulas na Kemos Fight Factory. O treino está excelente: Lucas Leite, Lapela, João Assis, Mike e Sergio Bomba, enfim toda uma estrutura para que possamos desenvolver
um treino profissional. Além do pessoal ser muito gente fina.

Mas o Robert é um de seus melhores amigos, certo? Por isso a mudança…
Sim, o “Cumbuca” é um dos meus melhores amigos. Conheço o Robert há mais de dez anos, começamos a treinar juntos desde o tempo da Master, depois na TT e por fim a Brasa. O Jiu-Jitsu dele é incrível, ele me ajuda bastante apesar do foco dele hoje ser o MMA. Ele está muito afiado sem pano. Acredito que em um futuro muito breve que ele vai dar muito trabalho para o pessoal do UFC.

Você acabou de vencer o Las Vegas Open, na categoria preta meio-pesado. Como está a sua carreira no Jiu-Jitsu?

Na faixa-preta está tudo muito bom, tenho competido há dois anos na preta e consegui alguns títulos. Tenho muito a melhorar para conseguir mais, e estou trabalhando para isso. E aqui na Califórnia as coisas estão indo muito bem, lutei três vezes e ganhei as três: o Joe Moreira Tournament, South Bay, e o Las Vegas Open. Espero continuar evoluindo junto com o meu time.

Você teve uma luta parelha com Tarsis Humphreys no último Brasileiro. Como foi isso?
Foi 0 a 0. Lutei contra o Tarsis nas quartas-de-final do Brasileiro deste ano, era a nossa terceira luta e quem ganhasse iria para a semifinal. Gosto muito do Jiu-Jitsu dele, conheço ele há muito tempo. Mas acredito que ataquei muito mais, tanto em pé quanto no chão. Como ninguém fez pontos, acho que deixar na mão do juiz é ruim para todos, para mim, para ele e especialmente para o
árbitro. Vamos ter outras oportunidades para lutar e espero que possamos fazer uma grande luta.

Qual seu próximo compromisso?
Meus planos por enquanto são o American Nationals, o Miami Open e mais dois importantes campeonatos sem pano: o Pan e o Mundial. E depois, claro, treinar muito para o Pan e o Mundial de 2011. Tenho muito o que fazer no Jiu-Jitsu, e espero, se Deus quiser, superar todos os obstáculos e conseguir o ouro no Mundial. Esse sem dúvida é o objetivo de todo competidor.

Para quem pensa em mudar de país para ensinar Jiu-Jitsu, qual seu conselho?
O trabalho é difícil, bastante aula, junto com treino pesado. Mas é gratificante, especialmente ao ver os resultados aparecendo, a academia crescendo e as escaladas nos campeonatos. Acredito que todos podem ter seu espaço.
Mas um conselho: quem vier ao EUA, venha com disposição de trabalhar. Porque no Brasil o pessoal só quer treinar e reclama que nao tem espaço. Na Califórnia o que nao falta é academia de Jiu-Jitsu. É preciso vir com vontade.

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