No Rio de “Drive-in”, quem vai à escola recebe aulas de Jiu-Jitsu

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Paulo Cézar "Drive-In": professor é mais um guerreiro, entre tantos espalhados no Brasil, que ajuda a salvar vidas graças ao Jiu-Jitsu. Fotos: Gustavo Aragão.

O faixa-preta carioca Paulo Cézar Alves Pinheiro, o popular “Drive-In”, vivia contente com seus conhecimentos de kung-fu, até que um faixa-branca de Jiu-Jitsu veio tirá-lo de sua zona de conforto.

“Há 19 anos eu fazia apenas kung-fu, até o dia em que um faixa branca de Jiu-Jitsu me levou para o chão três vezes sem eu poder fazer nada, a não ser bater no chão para ele me soltar”, conta ele, seis anos como faixa-preta da Gracie Barra matriz.

Hoje, Drive-In toca um projeto importante e inspirador em sua comunidade, o bairro Gardênia Azul, em Jacarepaguá. Para quem mora por lá, visitar esse “Drive-in” é muito mais que diversão e distração por algumas poucas horas, como no cinemão que lhe dá o apelido.

Há quase oito anos, o professor treina de graça mais de 35 crianças, entre 5 e 17 anos, que moram na comunidade. “Praticamente todos os alunos já ganharam medalha em algum campeonato de Jiu-Jitsu. A única cobrança que o professor faz é presença e boas notas no colégio”, conta o amigo Pedro Sol, da Gracie Barra.

O prêmio para quem não falta aulas.

Só que manter esse projeto não é uma tarefa fácil, muito menos barata. Sem patrocínio algum, Paulo Cézar batalha para continuar mudando a vida da molecada.

“A ideia é dar continuidade a esse projeto que criei e ampliar a academia, para oferecer uma estrutura maior e mais moderna para os alunos que já tenho, e para as futuras crianças que queiram praticar o esporte”, planeja o determinado Drive-In. “Minha vida mudou depois que comecei com meu projeto, e hoje me dedico 100% ao meu trabalho com as crianças”.

O esforço vem dando frutos, o que pode render para eventuais apoiadores. No último Campeonato Estadual, por exemplo, em junho, foram 15 alunos inscritos, e 14 medalhas (cinco de ouro e cinco de prata).

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