Mariana Silva e Felipe Kitadai são ouro nos 6º Jogos Mundiais Militares

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A faixa-preta brasileira Mariana Silva, em foto de Johnson Barros

A faixa-preta brasileira Mariana Silva em ação na Coreia do Sul, em foto de Johnson Barros

Depois de faturar o título nas duas competições por equipes, os judocas brasileiros seguem fazendo bonito na disputa dos 6º Jogos Mundiais Militares. Nessa segunda-feira, foram mais quatro medalhas, sendo dois ouros com Felipe Kitadai (60kg) e Mariana Silva (63kg), uma prata com Rafaela Silva (57kg) e um bronze com Sarah Menezes (48kg). As competições foram realizadas no Kafac Sports Complex, em Mungyeong, na Coreia do Sul.

Sargento do Exército, Felipe Kitadai venceu Ayoub Elidrissi, do Qatar, por ippon. Nas quartas de final, fez a luta mais dura, passando pelo mongol Bayarmagnai Dagvadorj na diferença de punições. Nas duas últimas lutas, mais dois ippons: sobre o tunisiano Fredj Dhouibi na semifinal, e contra o azerbaijano Vugar Shirinli na final.

“Foi uma luta muito difícil, mas treinei muito e consegui mostrar isso”, disse Kitadai. Completaram o pódio o sul-coreano Hwang Dong Kyu e Dhouibi Fredj, da Tunísia.

Mariana Silva venceu a camaronesa Bibiene Makuete Fopa por ippon na estreia. Depois vieram duas vitórias mais complicadas. A brasileira passou pela chinesa Lingling Huang por wazari e pela polonesa Agata Ozdoba, atual 18ª colocada no ranking mundial, na diferença de punições. Na final, ippon sobre a eslovena Nina Milosevic.

“Vim para essa competição buscando coisas novas, sempre com o intuito de melhorar. Agora o foco é trabalhar forte visando aos Jogos Olímpicos no Rio”, comentou Mariana.

Rafaela Silva só foi parada na final pela russa Tatiana Kazeniuk, que pontuou com um yuko depois de seis minutos de Golden Score. E a derrota foi apenas na diferença de punições. Na primeira rodada, passou pela queniana Juliet Jelagat Tubei por ippon em apenas 11 segundos, pela chinesa Liru Huang por yuko e pela indonésia Ni Kadek Anny Pandini por ippon.

“Ela é uma atleta muito forte”, avaliou Rafaela. “A partir de agora é melhorar a cada competição e pensar nos próximos torneios. Vou disputar o Campeonato Brasileiro, depois tenho competições em Abu Dhabi, na Coreia e no Japão”, complementa a judoca.

Já Sarah Menezes precisou fazer uma luta a mais para chegar à sua medalha porque a chave do ligeiro feminino começou com um “todos contra todos”. Sarah venceu Martha Simwanda, da Zâmbia, por ippon; Terry Kusumawardani, da Indonésia, na diferença de punições; e Chantsaldulam Jagvaral, da Mongólia, por ippon. Mas perdeu para a russa Mariia Persidskaia, na diferença de punições, e saiu da chave em segundo. Na semifinal, dominou a luta contra a chinesa Shanshan Luo e vencia por um wazari e dois yukos. Mas, num descuido, sofreu um estrangulamento e, consequentemente, o ippon. Como não havia repescagem, a piauiense garantiu a medalha de bronze.

Leandro Cunha (73kg) e Érika Miranda (52kg) também lutaram nesta segunda mas ficaram fora das disputas por medalhas. Já Charles Chibana (66kg) acabou não competindo.

“Ele estava sentindo dores no ombro desde a etapa por equipe, então a comissão técnica decidiu preservá-lo”, explicou o técnico da equipe masculina de judô, o capitão do Exército Rafael Pereira Bezerra.

Nesta terça, o Brasil terá mais sete representantes, quatro no masculino e três no feminino. Leandro Guilheiro (81kg), Eduardo Bettoni (90kg), Luciano Correa (100kg), Walter Santos (+100kg), Maria Portela (70kg), Nádia Merli (78kg) e Rochele Nunes (+78kg). A dúvida fica por conta de Guilheiro que sentiu uma lesão na disputa por equipes e ainda não teve a presença garantida.

“Esperamos que o Leandro Guilheiro esteja bem para competir”, ressaltou o técnico da equipe masculina. “Nesta terça certamente teremos mais medalhas”, garantiu.

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