GMI Oswaldo Jurema: “Competir não deve ser sinônimo de dieta, sofrimento e mau humor”

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Oswaldo Jurema, em foto de seu acervo pessoal. Foto: Reprodução

Nosso GMI, o faixa-preta Oswaldo Jurema se aventurou no Mundial Master 2022, disputado entre os dias 1º e 3 de setembro, em Las Vegas. Jurema venceu três lutas e conquistou a terceira posição entre os meio-pesados do Master 3.

Representante da Nova União e à frente da Jitsu Academy Connecticut, o experiente professor vive em prol do Jiu-Jitsu nos Estados Unidos há cerca de um ano e tem aproveitado o período no exterior para se testar nas competições. Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Oswaldo Jurema avaliou o seu desempenho no Mundial 2022 e relatou o que o motiva a competir mesmo depois de tantas conquistas no esporte.

GRACIEMAG: Como você avalia o seu desempenho no Mundial de Master?

OSWALDO JUREMA: Foi muito bom. Num campeonato desse nível, com 60 pessoas na categoria, cada luta é uma final. Num dia inspirado você pode ser campeão, mas também pode perder na primeira luta se cometer um erro bobo. É lógico que após a derrota bate uma frustração por não conquistar o título, mas vi tantos grandes atletas que saíram sem uma medalha que não posso me dar o direito de ver o copo meio vazio.

Qual de suas especialidades você conseguiu aplicar no Mundial? E em quais situações?

Adotei uma postura mais estratégica nesse campeonato. Procurei não me expor muito. Felizmente, consegui raspar de gancho nas primeiras lutas e administrar bem o placar. Sair na frente é fundamental numa luta de 5 minutos.

O que você acha que precisa ajustar no seu jogo para as próximas competições?     

Tecnicamente, eu sempre procuro experimentar coisas novas, principalmente as posições que aprendo com a garotada da nova geração. Porém, para o próximo Mundial, eu pretendo intensificar a preparação física, pois o condicionamento físico faz total diferença num campeonato com mais de duas lutas.

O que te motiva a competir mesmo depois de tantos títulos ao longo desses anos no Jiu-Jitsu?

Meu objetivo é demonstrar para os meus alunos é possível ter uma vida normal e ainda assim ter bons resultados. Você não precisa ser um fenômeno de técnica e nem um superatleta, basta treinar e competir regularmente que conseguirá colocar em prática na competição aquilo que aplica no treino. Não sou e nunca fui adepto da dieta restrita. Tento mostrar às pessoas que não é necessário parar a sua vida para se dedicar a um campeonato, pois não importa se você é campeão mundial ou se perdeu de cara um torneio local. No dia seguinte, a sua vida continuará a mesma. A sua família tem que apoiar a sua decisão de competir e não sofrer com você por meses de dieta restrita e mau humor.

Quais foram os aprendizados nos Estados Unidos nesse período?

Desde que me mudei para os EUA, eu tenho aproveitado os campeonatos da IBJJF para conhecer novos lugares e me manter em ritmo de competição. Me sinto privilegiado de poder viver do Jiu-Jitsu e morar num país onde as pessoas valorizam e respeitam os profissionais que trabalham com esporte em geral.

Quais são os seus próximos objetivos como professor e atleta?

Para ser sincero, não tenho um objetivo específico como atleta. Vou competir enquanto eu estiver me divertindo. Minha maior meta agora é fazer uma grande reforma na minha academia e poder dar ainda mais conforto aos meus alunos.

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