Gabi Garcia: “Ver a Ronda no UFC me emocionou! Quero muito lutar MMA”

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Gabi Garcia está muito afim de lutar MMA! Quem vai encarar?!

Gabi Garcia está muito afim de lutar MMA! Quem vai encarar?! Foto: Dan Rod

A primeira luta de MMA feminino da história do UFC, no último sábado, emocionou uma telespectadora muito especial. A tricampeã mundial absoluta de jiu-Jitsu, Gabi Garcia, assistiu à vitória de Ronda Rousey por finalização no armlock sobre Liz Carmouche e ficou com muita vontade de também calçar as luvinhas. Nesta entrevista para o GRACIEMAG.com, Gabi revela que já recebeu convites para treinar e que está se preparando para enfrentar mais esse desafio na vida. Além disso, falou sobre a preparação para os grandes campeonatos de Jiu-Jitsu de 2013, sobre a novidade do antidoping e sobre a referencia que se tornou para outras mulheres que praticam a arte suave

No que a Gabi Garcia competidora de 2013 vai ser melhor do que a Gabi Garcia de 2012 e quais são seus grandes objetivos para o ano?

A Gabi Garcia vai ser a mesma, cheia de vontade de vencer e quebrar recordes. Quero ganhar mais um absoluto mundial e deixar meu nome marcado na historia do Jiu-Jitsu. As vezes é muito difícil se manter motivado, se manter no topo é muito mais difícil do que chegar nele. Comecei um trabalho com o preparador físico Tiago Heck em busca de mais explosão e potência. Estou muito mais forte, e uma das coisas que mais me motiva é saber que as meninas estão treinando para ganhar de mim. Muita menina quer deixar no zero a zero a luta comigo, para deixar na mão do juiz. Isso é uma coisa que não quero que aconteça em 2013! E os objetivos são os mesmos, lutar pra frente sempre e ir atrás do ouro.

O que você achou da estreia do MMA feminino no UFC com a vitória da Ronda Rousey? Um dia veremos Gabi no octógono?

Amei a luta da Ronda com a Liz Carmouche. Realmente me emocionei pois sempre levantei a bandeira feminina e ver as mulheres chegando no UFC é realmente muito empolgante. É legal as mulheres em casa assistindo onde as mulheres podem chegar. Isso é muito bom, tenho certeza que novas lutas vão vir e novas categorias. Recebi alguns convites pra treinar MMA e quero muito. Espero que abram novas categorias, pois vou fazer um trabalho com meu nutricionista Rodolfo Peres e meu médico Paulo Muzy para baixar de peso o quanto eu conseguir. Vou me esforçar pra participar dessa fase que as mulheres estão passando no MMA. Quero novos desafios na minha vida.

A IBJJF inseriu o exame antidoping para o Pan 2013 e deve voltar a realiza-lo em outros grandes eventos. O que você achou da medida? Que alterações você fez no seu dia a dia de atleta para evitar um resultado positivo caso venha a ser testada?

Não mudei em nada minha rotina, apenas tomando cuidado com medicações, de resto muito treino e disposição. Acho interessante para tornar o Jiu-Jitsu mais profissional e tirar as duvidas de muita gente, mas acho que a IBJJF está pensando somente nela e não nos atletas. Está pensando em mostrar uma imagem limpa para lucrar com isso, ao invés de pensar nos atletas, de premiar, de dar o mínimo de estrutura. Poderiam usar esse dinheiro e premiar as meninas na IBJJ Pro League, que não teve feminino ano passado. Muitos querem que o esporte se torne olímpico, mas atletas olímpicos tem passagem, hospedagem, alimentação no torneio, médico, nutricionista, tudo pago pela confederação de cada esporte. Nos temos que pagar tudo do bolso, com um esporte que nem patrocínios tem.

Nos últimos dois anos, você se tornou uma referência para mulheres praticantes de Jiu-Jitsu. Como é carregar essa responsabilidade?

Não carrego como uma responsabilidade, mas como uma recompensa pelo meu esforço e pela minha dedicação. Muita gente me julga, não gosta do meu Jiu-Jitsu, mas essas pessoas tem que ver que depois que eu comecei a aparecer o Jiu-Jitsu feminino só cresceu. As pessoas olham minhas lutas porque eu chamo a atenção, e isso atrai atenção para o feminino! Depois que eu comecei a mostrar meus treinos, muitas meninas apareceram, começaram a treinar forte e a se dedicar. Elas olham pra mim e pensam que se eu cheguei onde cheguei, se eu vivo do Jiu-Jitsu, elas também podem. Acho que fui muito importante para o crescimento do esporte no feminino, e tenho essa resposta todos os dias. Minhas fãs são intensas, fazem camisetas, bonés, tatuagens, mandam declarações, se emocionam quando falam comigo, choram, não tem nada que pague isso. As criticas somem quando recebo o carinho e a torcida das pessoas que gostam de mim e tenho certeza que posso fazer muito mais pelo esporte.

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