Salva-vidas estudam Jiu-Jitsu para resgatar vítimas no mar

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Agentes de salvamento no mar demonstram as técnicas de imobilização utilizadas na Bahia. Foto: Márcia Guimarães/Tribuna da Bahia

Agentes demonstram as técnicas usadas na Bahia. Foto: Márcia Guimarães/Reprodução

Salva-vidas do litoral da Bahia, no nordeste brasileiro, têm feito seus treinamentos em terra firme, nos tatames de Jiu-Jitsu.

Conforme artigo publicado no jornal “Tribuna da Bahia”, os heróicos vigias do mar têm adaptado seus conhecimentos do Jiu-Jitsu para afiar as técnicas de resgate de afogados. O objetivo é evitar traumas nas vítimas no momento da abordagem e desvencilhamento, quando normalmente as pessoas se debatem em desespero.

Agentes de salvamento aquático baianos têm treinado gravatas e imobilizações nos dojôs desde 2010, com faixas-pretas de Jiu-Jitsu como Jou Oliveira.

“A adaptação do Jiu-Jitsu para o uso na água é suave, e com ela não precisamos forçar as articulações da vítima na hora do salvamento, imobilizando-as sem torções ou projeções que as lesionem. Estudei muito e desenvolvi, com a colaboração de colegas com mais de 25 anos de experiência na área, a metodologia para passar esse conhecimento adiante”, explicou Jou, idealizador dos treinos que começaram em Salvador e se espalham pelo estado da Bahia.

Como o professor explica, primeiro, a técnica é ensinada e praticada em terra firme em duplas, nos tatames e depois na areia. Os conhecimentos são então testados e vivenciados em piscinas rasas. Por fim, são realizadas simulações no mar, em águas mais profundas.

Antes do Jiu-Jitsu, muitas vezes os salva-vidas procuravam deixar as vítimas inconscientes. Com as novas técnicas de controle e imobilização, isso mudou.

“Os afogados costumam agarram ombros, cintura, cabelos, o cordão do apito como podem, pois querem um ponto de apoio para submergir e respirar. Se o profissional não souber usar a prática corretamente, pode levar os dois ao afogamento e, se o pior acontecer, à morte. Dentro da água tudo muda, pois aquilo ali é um mundo. Por isso, é importante que o salva-vidas se antecipe ao ‘ataque’ e seja preciso na hora de colocar em prática as táticas para salvar a vítima”, lembra o faixa-preta, destacando o ponto alto do Jiu-Jitsu, seja na terra, seja no mar: a precisão dos movimentos e a economia de energia.

E você, já usou o Jiu-Jitsu para salvar a vida de alguém? Comente com a gente.

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