Veja o “abraço do urso” de Michelle Tavares em cima de Nicolini na seletiva do ADCC

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Michele Tavares trabalha por cima de Michelle Nicolini. Foto: Gustavo Aragão/GRACIEMAG

Atleta da Nova União, Ana Michelle Tavares roubou a cena ao vencer categoria até 60kg na seletiva do ADCC no Rio, no último sábado, no ginásio do Maracanãzinho.

Após garantir o pacote para o evento principal em Pequim, em outubro próximo, a faixa-preta comentou os detalhes da conquista com GRACIEMAG. Confira.

GRACIEMAG: O que fez a diferença para vencer tantas concorrentes duras?

MICHELLE TAVARES: Acho que eu estava no meu dia. Tudo parecia mais fácil de acontecer, estava me sentindo muito bem. Apenas não queria errar. Lembrava o tempo todo dos meus parceiros de treino, da minha filha. E o quanto eles ficariam felizes com um bom resultado. Quando é seu dia e você está preparada para lutar, você respira e tudo acontece de forma perfeita. Na verdade, o que também faz diferença ali é que a maioria quer lutar Jiu-Jitsu, mas o esporte sem kimono é outra coisa. Desde a minha primeira luta eu caí dentro como se fosse a final. Encarei, por exemplo, a Jessica Cristina, que também vem travando boas batalhas, e consegui transformar a luta dura em uma vitória simples. Era meu dia, eu me sentia merecedora e preparada para qualquer luta.

Como foi a final contra a Michelle Nicolini, na sua visão?

A Nicolini para mim é a melhor competidora do momento. Eu conseguia enxergar tudo que acontecia, tive de ter paciência e me policiar para não dar espaço para as posições fortes dela. Lógico, estamos sempre ligados na posição forte de nosso adversário. Mas hoje eu tenho uma aluna que faz a mesma raspagem que a Nicolini e faz muito bem, e assim treinamos em cima disso. Para passar, acabei usando o clássico abraço do urso (risos). É a pegada para segurar a danada, afinal ou eu segurava ou estava em zona de perigo total. O que fiz foi abraçar ganhando a esgrima e dominando o tronco para passar.

Você acabou enfrentando sua amiga Ana Maria índia (GFTeam/Team Nogueira) na semifinal. Qual foi a sensação?

Lutar com a Ana foi uma evolução emocional, já que ela é minha irmã. Tinha certeza que a luta seria linda, ela gosta de soltar o jogo, sem amarração. Joguei com o relógio e as regras. No mais me senti como numa boa festa com minha amiga. Gosto muito de você, Ana!

Agora você pretende voltar a competir mais de kimono para ficar no ritmo?

Estamos estudando a melhor hora. Tenho trabalhado bastante dando aula. E o ritmo das meninas competidoras está frenético. Venci e já voltei para dar aulas, o compromisso é diário!

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