Diário do lutador de Jiu-Jitsu: tudo o que o atleta precisa fazer no dia do campeonato

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Professor Aureo com a medalha conquistada no Gracie Pro, no Maracanãzinho, ao lado do mestre Leão Teixeira. Foto: Arquivo pessoal

O faixa-preta Aureo Couto, professor da escola Leão Teixeira Jiu-Jitsu, competiu recentemente, na segunda edição do Gracie Pro e voltou para casa com a medalha de ouro, mais uma vez. De quebra, filmou e postou diferentes etapas de seu dia de competição, da hora de acordar até o topo do pódio.

A seguir, Aureo esmiuça oito tópicos que todo atleta de Jiu-Jitsu deve estar atento, da hora de acordar até a hora da verdade, para que o jogo encaixe com o máximo de eficiência e o mínimo de falhas.

1. De acordo com o cronograma, Aureo lutaria cerca de 13h de um sábado, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro. Na sexta-feira, o professor já começou a adotar alguns procedimentos especiais. “Tiro todo o dia anterior para descansar, me hidratando. Bebo água e como somente refeições leves. Não treino nem dou aulas.”

2. No dia D, o faixa-preta de José Henrique Leão Teixeira levantou da cama dez para as 10h da manhã, três horas da luta, para ter tempo para fazer tudo sem pressa: ir ao banheiro, tomar um café nutritivo e alongar.

3. O café da manhã é uma hora importantíssima para o lutador. Você precisa comer bem sem chegar pesado na hora do combate. “Não sou nutricionista”, ressalta Aureo, “por isso recomendo que você conheça bem sua digestão, saiba o que cai bem ou não para você. Eu costumo tomar um suco ou água de coco, muitas frutas e ovos mexidos sem óleo de soja (cozinho com óleo de coco). Evite frituras antes da competição para que a digestão não consuma sua energia”, sugere.

3. “Após digerir o café da manhã, gosto de aproveitar a casa ainda em silêncio para começar a mentalizar as lutas”, ensina Aureo Couto. “É a hora de pensar na estratégia e ligar a mente no modo competição. Costumo sentar no chão da minha sala e faço um alongamento bem leve, em torno de 15 minutos, trocando de posição a cada 30 segundos. O objetivo é trabalhar a lombar, o quadril e todos os grupos musculares. Me ajuda a aliviar a tensão da mente e a soltar o corpo.”

4. Enquanto o corpo começa a movimentar, a mente de Aureo também começa a trabalhar: “Enquanto faço esse primeiro alongamento em casa, passo a lembrar de tudo que treinei e a pensar no que vou fazer na hora da luta. A cabeça do lutador não permite dúvidas, por isso alimente-se de pensamentos vitoriosos. Acredite em si e no que treinou!”.

5. Confira sua bolsa, leve dois kimonos como garantia e procure chegar ao ginásio uma hora e meia, uma hora no máximo antes da luta. Lembre-se da faixa, documentos, do esparadrapo e suplementos.

6. Uma vez na área de aquecimento, você vai vestir o kimono e começar a suar com mais intensidade. Aureo sugere esquentar o corpo com entradas de quedas e drills com um parceiro: “É muito importante acelerar seus batimentos na hora de aquecer, para não entrar frio na luta. Quando o batimento vai de zero a cem, isso causa uma fadiga excessiva e o cansaço vem muito mais rápido”.

7. O professor da Leão Teixeira não gosta de aguardar a hora de competir revendo posições ou tentando alguma novidade, já que tudo que você devia ter treinado já foi feito com seu professor e colegas. É hora de confiar no planejamento.

8. Na hora de hidratar, antes da primeira luta ou entre um combate e outro, procure não se entupir de água. “Você pode ficar pesado, ou ter de ficar indo ao banheiro o tempo todo. Gosto de molhar a boca, beber goles pequenos para manter o corpo hidratado sem excesso”, encerra o professor.

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