Saiba mais sobre Roberto Satoshi, lutador que brilha nos dojôs japoneses

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Foto: Kinya Hashimoto

Campeão Mundial nas faixas azul, roxa e marrom, Roberto Satoshi, hoje radicado no Japão, segue realizando os seus sonhos no Jiu-Jitsu. Nesta temporada, o faixa-marrom também venceu peso e absoluto no Asiático e depois finalizou três faixas-pretas no GP do Deep. Num bate-papo com o GRACIEMAG.com, Satoshi conta um pouco da sua história e analisa como está a arte suave na Terra do Sol Nascente.

Confira:

Fale da sua participação no GP do Deep…

Gracas a Deus minha participação no Deep foi perfeita. Consegui finalizar as minhas três lutas em menos e dois minutos. Deu tudo certo, porque já vinha treinando forte por causa do Asiático e apenas mantive o ritmo de treino. 

Conte um pouco da sua história e da sua família no Jiu-Jitsu. Por que partiram para o Japão?

Minha família começou no Jiu-Jitsu por causa do meu pai (Adilson Antonio de Souza) que é o nosso professor. Somos cinco irmãos: Mauricio “Dai” Souza, Marcos Yoshio de Souza e Cristiane Yukari de Souza, faixas-pretas;  eu de faixa-marrom; e o mais novo Murilo, que é faixa-amarela. Só a minha mãe que não luta. Ela é policial, então, se a gente não aguenta no Jiu-Jitsu, chamamos ela (risos)!  

No Brasil, nos temos uma equipe muito boa, porém a gente gosta muito de competir e hoje em dia a maioria dos campeonatos estão fora do Brasil. Às vezes era difícil lutar campeonatos fora por falta de patrocínio. Depois que ganhei o Mundial, em 2006, fiquei os dois anos seguintes sem conseguir lutar no evento, por ele ter mudado para os EUA. Não tinha patrocínio que ajudasse. Hoje, graças a Deus, estou no Japão e consigo viver com aulas. Com a ajuda da Bull-Terrier e da Dragão, consegui voltar a lutar no Mundial em 2009 e 2010, e fui campeão.  

Como analisa o atual Jiu-Jitsu no Japão? Acha que o país está evoluindo bem e que os lutadores japoneses vão dar mais trabalho na faixa-preta num futuro próximo?

Aqui no Japão tem muito cara bom, com habilidade boa nas faixas azul, roxa e marrom. Mas nem todos conseguem lutar fora. Acho que dentro de dois anos teremos uma renovação boa de japoneses na faixa-preta. Hoje em dia, os japoneses já dão muito trabalho no Mundial e no Pan, incomodam e surpreendem gente muito boa. 

No pódio do Asiático

Quais as suas metas no Jiu-Jitsu? Pretende participar de mais competições fora do Japão?

Minha meta agora no Jiu-Jitsu é o Pan e o Europeu. São dois campeonatos que nunca lutei e faltam na minha carreira. Eu sempre luto alguns campeonatos por aqui para não perder o ritmo de competição e sempre luto o Mundial e o Abu Dhabi Pro. Ano que vem vou tentar lutar mais campeonatos fora com o Pan e o Europeu.

O que espera para o futuro? Quer seguir carreira no MMA?

Quero continuar dando aulas e ser reconhecido no que faço, ser lembrado como um bom lutador. Já recebi várias propostas para lutar MMA aqui no Japão. Quem sabe mais para frente eu venha a lutar. Por enquanto, meu sonho é o Mundial na faixa-preta. Consegui na azul, roxa e marrom. Na preta é meu sonho e agora só penso nisso. Sou 100% Jiu-Jitsu (risos)!

Se quiser comentar mais algo…

Quero agradecer a todos aqueles que me ajudam, me incentivam e me mandam recados de boa sorte. Podem ter certeza que fico muito contente. Vocês são meus melhores e maiores incentivadores, muito obrigado galera. Grande Abraço!

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