Lyoto confirma: acabaram as férias para Rampage

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Quinton Jackson em montagem do site Cagepotato.com

Lyoto Machida já treina a todo vapor em Belém do Pará, então é bom que Quinton “Rampage” Jackson, o próximo oponente, deixe de lado as férias de verão que esquenta o hemisfério norte do planeta nesta época do ano. A luta, entre os dois ex-campeões da categoria meio-pesado, acontece no dia 20 de novembro, em Detroit, no UFC 123. Antes de mais uma sessão de treinos, Machida conversou com o GRACIEMAG.com. Confira: 

O que acha de enfrentar o Quinton Jackson? 

Não poderia ser um adversário melhor e a data também é ótima, dá tempo para eu me preparar bem. Já fiz um intercâmbio nos EUA e a previsão é de fazer outro. Fico feliz por voltar e provar que estou na luta para figurar entre os melhores. O trabalho está forte, estou me corrigindo muito e investindo bastante nisso. Estou usando todos os aspectos da luta, a parte de quedas, chão e a luta em pé. 

Contra Rashad Evans, Lyoto tornou-se campeão do UFC. Foto: Josh Hedges

Na última luta (derrota para Maurício Shogun) você treinou apenas em Belém e não fez intercâmbios. Isso foi um erro?  

Realmente, estive muito focado no treinamento em Belém. Não vou dizer que foi errado, porque acredito que dá para fazer o treinamento em qualquer lugar. Mas quando temos muitos sparrings, no nível técnico de quem está competindo, é muito melhor para trabalhar e se testar, sentir como reagir a determinadas situações. É importante. Treinei com o Anderson e o pessoal do wrestling, do Mark Muñoz. A previsão é voltar para lá (EUA) e fazer vários intercâmbios. Quero treinar em várias academias, porque não me prendo a nenhuma e acho isso importante. 

Como analisa as qualidades e defeitos do Rampage? 

Em primeiro lugar, é um ex-campeão. Então o Rampage é um cara que tem diferencial. Nada mais justo que a luta acontecer entre dois ex-campeões, lutadores que querem novamente seu lugar ao sol. Ele é um cara muito forte, que tem bom boxe e wrestling. Acho ele um pouco limitado em pé, embora seja muito forte, e, apesar de se defender bem no chão, também não é muito bom por aí. Como acho que o MMA é um esporte que evolui a cada momento, a tendência é buscar todas as possibilidades, independentemente do aspecto de luta que aparecer. Vou tentar explorar, realmente, onde o Rampage não tenha domínio total. Mas estou preparado para qualquer situação, seja em pé ou no chão. 

Lyoto e Shogun se enfrentaram duas vezes, uma vitória para cada lado. Foto: Josh Hedges

Você estava invicto em 16 lutas e sofreu a primeira derrota da carreira contra Shogun. Aprendeu com esse momento ruim? 

O aprendizado é, às vezes, inconsciente, algo que não conseguimos enxergar, seja ele no comportamento ou em várias atitudes. Mas foi um grande aprendizado em todos os aspectos, seja dentro ou fora do ringue, para as pessoas que estavam ao meu lado, no treinamento… Aprendi com isso, mas o difícil é prever como vou lutar e como vai ser tudo. Saberei apenas no dia da luta e eu sou o mais curioso para sentir isso: como vou me portar. 

Não ligo para provocação. Quando o ferrolho trava que vemos o que acontece”, Lyoto Machida

O Rampage já falou de você antes e provavelmente vai começar as provocações. Se importa com isso? 

Encaro a coisa por um lado profissional e sei que ele faz o marketing dele. Mas nada vale falar antes, porque realmente a luta é na hora. Prefiro não me concentrar nisso. Dizer que vai fazer e acontecer é fácil, mas é na hora que o ferrolho trava ali que vamos ver o que acontece. Não ligo para provocação e estou focado.

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