Bullying infantil: como o Jiu-Jitsu pode ser o antídoto em 11 lições

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Nosso GMI Cleiber Maia, professor da LPM JIu-Jitsu, de Laranjeiras. Foto: Divulgação

O bullying nas escolas, como os vulcões, pode ser um fenômeno ora adormecido, ora em erupção – com riscos de calamidades.

De fato, como se vê nos EUA há décadas e mais recentemente no Brasil, é difícil prever casos nos quais as brincadeiras de mau gosto podem culminar em reações trágicas. Há, porém, um remédio para o mal que nunca falha, não tem contra-indicação e nem é custoso: a prática do Jiu-Jitsu, uma ferramenta que desde os anos 1920 é usada por grande mestre Carlos Gracie contra a covardia e a timidez infantil.

Segundo o professor Cleiber Maia, nosso GMI na escola LPM Jiu-Jitsu, a arte suave vai além de um sistema de lutas, e acaba sendo uma ferramenta integradora, capaz de promover a união entre crianças, adolescentes e adultos, gerando confiança mútua em qualquer faixa etária.

“Vivenciar e ensinar o Jiu-Jitsu como defesa pessoal ajuda a combater as relações abusivas”, defende Cleiber, que listou 11 dicas para os professores ajudarem a minimizar o bullying entre os mais jovens. Confira e comente!

1. O professor deve criar instrumentos para agregar a família dos alunos, como eventos de graduação, competições internas e com outras equipes, aniversários, aulão de pais e filhos, confraternizações rotineiras etc.

2. A equipe deve estar imbuída do sentimento de acolhimento aos novos alunos de forma indiscriminada.

3. O compartilhamento generoso do conhecimento deve ser uma prática diária entre professores e também entre os alunos.

4. O professor deve garantir que não ocorra, em hipótese alguma, relações abusivas no dojô. Cuidado com práticas que parecem inofensivas, mas que podem conter algum resquício de uma cultura de opressão e covardia, como apelidos depreciativos, linchamentos com faixas, preconceito etc.

5. O lema durante o treino deve ser: “Se o adversário está tendo facilidade demais, dificulte. Se está tendo dificuldades demais, facilite”.

6. A equipe deve apoiar o movimento de superação das limitações pessoais de cada membro dela.

7. O professor tem de garantir que o dojô, acima de tudo, seja um ambiente de educação.

8. No Jiu-Jitsu aprendemos que o incômodo é uma benção. Ele faz o adversário sair do ponto onde está em busca de uma condição melhor. Diferentemente da provocação que é uma prática típica de pessoas imaturas.

9. O professor deve ser um estudioso atento da natureza humana. Deve entender e respeitar as paixões que movem seus alunos com mais intensidade, para norteá-los como modelos de virtude.

10. O aluno deve perceber que toda luta deve ser em prol uma causa maior, de interesse coletivo.

11. O mérito deve estar sempre no esforço e não na vitória. O sucesso ou fracasso do outro não deve ser referência quando se trata de ensino e educação. Cada aluno tem seu próprio tempo de aprendizado, seus anos de tatame e seus próprios objetivos.

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