
The Rock e Ryan Bader durante o filme sobre Mark Kerr. Fotos: Divulgação
O peso pesado Mark Kerr fez sua estreia como lutador profissional de vale-tudo no Brasil, em 1997. Esmagador, o wrestler passou incólume por 12 lutas – entre elas, a vitória assombrosa contra o campeão de Jiu-Jitsu Fabio Gurgel, em janeiro de 1997.
Kerr foi parar no UFC e no Pride FC e se manteve invicto até maio de 2000. A partir dali, foram 14 lutas, até a saideira, pelo M-1 Global – foram 11 derrotas e somente três vitórias.
O diretor Benny Safdie, após ver o documentário “The Smashing Machine” da HBO, de 2002, decidiu filmar como a Máquina de Esmagar saiu dos trilhos, e chamou o fortão Dwayne Johnson, o popular The Rock, para viver Mark Kerr (15v, 11d, 1NC).
O filme tem recebido prêmios em festivais, com um The Rock firme no papel dramático e uma estética crua, que lembra vídeos antigos de MMA.
Na estreia mundial em Veneza, o longa foi aplaudido por 15 minutos, e a crítica logo percebeu: The Rock, wrestler, está em rota de colisão com um faixa-marrom de Jiu-Jitsu, o brasileiro Wagner Moura, de “O agente secreto”. Os dois prometem disputar como favoritos o Oscar de Melhor Ator em 2026.

Emily Blunt em Toronto, para o lançamento do filme: é dura a vida de esposa de campeão.
As cenas de luta são agressivas e bem filmadas, graças ao auxílio de feras do esporte. Além de The Rock, que se consagrou na luta marmelada do pro-wrestling e praticou luta olímpica esportiva, o elenco traz um convincente Ryan Bader, interpretando a figuraça Mark Coleman, o astro do Jiu-Jitsu Roberto “Cyborg” Abreu, Bas Rutten e Satoshi Ishii. Outro destaque do filme é a atriz Emily Blunt (Oppenheimer), que vive poucas e boas como a namorada de Kerr.
“Coração de Lutador: The Smashing Machine”, que estreia no Brasil neste dia 2 de outubro, não menciona a vinda de Mark Kerr para o ADCC em São Paulo em 2003, mas traz bastante Jiu-Jitsu e cenas de treino.
O brasileiro Roberto Cyborg conversou com GRACIEMAG.com sobre a emoção de fazer parte das filmagens, ao viver Fabio Gurgel nos ringues.
“Dos tatames para os sets de filmagem – que jornada!”, divertiu-se Cyborg. “Um dia você está viajando pelo Brasil, e do nada você recebe uma mensagem no Instagram. Era o convite para fazer um filme com The Rock. Foi uma honra receber um chamado assim. Quando menos esperava, eu estava ali nos bastidores, vivendo algo muito especial.”
“Minha participação foi curta, uma luta entre Kerr e Fabio Gurgel – Fabio que, diga-se de passagem, foi um verdadeiro guerreiro naquela época. Os ensaios foram legais, aprendi sobre encenação, como me portar nas cenas de luta. E ainda tive a oportunidade de treinar muito com o Taonai Reed, primo do Dwayne e seu dublê oficial”, recordou.

Cyborg com o diretor Benny Safdie. Foto: Arquivo Pessoal
Para o campeão do ADCC 2013, tudo foi uma novidade, e ele adotou a mente do faixa-branca, interessado em absorver tudo.
“Parecia que eu era um faixa-branca de novo, já que era um mundo absolutamente novo para mim. Mas foi um desafio energizante. Quando menos esperava, eu estava de frente para The Rock. Ainda por cima, câmeras, plateia, e toda aquela pressão para eu realizar tudo direitinho como ensaiado. Adrenalina pura, meus amigos!”
E como o astro de Hollywood, conhecido por seus músculos e sua doçura, se portava?
“Ele é extremamente atencioso, gente boa de verdade. E carismático. Sempre é um aprendizado vivenciar momentos com ícones assim. A gente passa a entender como eles chegaram aonde chegaram. Além do desafio, me inspirei muito na postura e atitude do Dwayne. O cara é realmente especial. E no fim, a cena ficou boa e registrada para sempre. Sim, meus amigos, eu tomei um amasso na telona! (Risos)”
Confira as cenas do trailer do filme. Oss!
