Neiman Gracie destrincha as lições da finalização no WSOF 11

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Nieman Gracie vence mais uma no MMA. Foto: WSOF

Neiman Gracie tem duas finalizações em duas lutas. Foto: WSOF/Divulgação

Aos 24 anos, o faixa-preta de Jiu-Jitsu Neiman tem conquistado vitórias no MMA ao melhor estilo Gracie, com vitórias por finalizações e viradas emocionantes. No último dia 5 de julho, o filho de Marcio Macarrão calçou as luvas pela segunda vez. Pelo WSOF 11, na Flórida, Neiman precisou virar o combate contra Dustin Holyoko.

De fato, o Gracie sentiu o perigo de ser nocauteado e “lutou no automático” em parte do primeiro assalto. Já no segundo, ele não perdeu tempo: grampeou as costas e arrochou o pescoço do americano, aos 2min21s.

Em conversa com GRACIEMAG, o jovem talento detalhou a reviravolta, contou sobre os momentos difíceis em Nova York, quando almoçava e jantava banana, e lembrou os treinos na sala de casa, com o paizão faixa-coral, aluno do saudoso mestre Rolls Gracie. Confira e aprenda com ele.

GRACIEMAG: Que análise você faz dessa vitória no WSOF 11?

NEIMAN GRACIE: O Gracie Jiu-Jitsu foi, certamente, o meu aspecto mais forte nessa luta, mas o principal foi todo um treinamento e uma preparação fortes para encarar esse desafio. Quando você se prepara para um momento na vida, seja uma luta ou uma prova na escola, você sabe que está preparado para aquilo e não fica nervoso. Por isso entrei para lutar tranquilo, sabia que estava pronto para o que desse e viesse. O que acontece é que a luva de MMA dificulta um pouco as pegadas, fica mais difícil passar a mão pelo pescoço. Quando enfim consegui passar o meu braço pelo pescoço do Dustin, terminei o mata-leão apenas segurando mão com mão. Não passei o outro braço por trás da cabeça, pois seria arriscado – e mais fácil de defender.

Como foi o lance do knockdown?

No primeiro round, resolvi trocar com meu adversário e acabei sofrendo o knockdown. Passei a lutar meio que no automático naquela hora. Mas mantenho sempre o pensamento de que vou ganhar a luta, aconteça o que acontecer. Isso me dá a força mental necessária para eu continuar lutando até o fim. Foi um momento difícil, mas graças a Deus consegui voltar forte para decidir no segundo assalto, e ainda com uma finalização.

Que membro da família mais o influenciou a lutar MMA?

O Renzo Gracie. Ele me deu todo o suporte para que eu pudesse correr atrás do meu sonho. Lembro que cheguei a Nova York com uma mão na frente e outra atrás, com 20 dólares no bolso. Eu passava uma semana almoçando e jantando apenas banana [risos]. E quando o Renzo ficou sabendo da minha situação, abriu as portas da academia para mim. Deu-me todo o apoio e a estrutura de treinamento e me botou para dar aula. Se não fosse por ele o caminho ia ser muito mais difícil!

Você ainda treina Jiu-Jitsu com seu pai? O Marcio Macarrão era um guardeiro respeitadíssimo nos seus tempos de lutador…

Meu pai sempre me deu aulas particulares em casa. Lembro que eu tomava amasso na Gracie Barra e quando chegava à noite em casa, a gente botava o tatame no quarto e ele corrigia todos os meus erros. Quando eu era mais novo, meu pai ainda não dava aulas de Jiu-Jitsu, ele trabalhava com outra coisa. Mas toda noite tinha aula particular lá em casa! Hoje ele tem a academia dele aqui nos EUA e sempre vou lá tirar dúvidas. Mesmo assim, para desespero da minha mãe, continuamos rolando no chão da sala [risos]!

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