Thiago Barreto vibra após Seletiva de Gramado e exalta papel do córner

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Thiago Barreto encaixa seu triângulo letal na Seletiva de Gramado: foram três em cinco lutas. Foto: Marcelo Falavigna/Divulgação

O lutador Thiago Barreto, representante da Brasa do Rio Grande do Norte, já vinha ganhando reputação com suas atuações. Chamado no Nordeste de “rei do triângulo”, Thiago andava um pouco sumido, mas reapareceu em grande estilo na Seletiva de Gramado, ao vencer a categoria até 65kg, na faixa marrom e preta.

A explicação do sumiço foi esta: ele ficou apenas treinando, totalmente concentrado em garantir a passagem aérea para lutar em abril em Abu Dhabi. No último sábado, primeiro ele precisou superar Paulo Roberto (Gracie Humaitá), na semifinal. Já na final, pegou a revelação Pedro Valença, treinado por Cícero Costha, com uma americana no pé.

Em papo com o GRACIEMAG.com. Barreto conta o que fez a diferença para assegurar a vaga e o que aprendeu em Gramado.

GRACIEMAG: O que fez diferença na sua vitória na Seletiva de Gramado?

THIAGO BARRETO: Acho que foram os anos de treinamento, uma hora a maturidade aparece. Foi isso somado à determinação de ser campeão. Acho que foi a minha melhor atuação de todas as seletivas do WPJJC que participei, ainda que eu não tenha conseguido finalizar todas as lutas. Sei que ainda não alcancei meu ápice técnico, longe disso – tenho um longo caminho de aprimoramento, sempre em busca da perfeição.

O que você tirou de aprendizado nesse torneio?

A maior lição veio de fora das quatro linhas do dojô, na presença do córner. A ajuda do meu irmão e dos meus amigos foi decisiva, especialmente nas quartas de final, quando eu saí perdendo por dois pontos e uma vantagem, e, com calma e bem instruído, virei o jogo.

Por que seu triângulo funciona tão bem?

No Sul foram três finalizações de triângulo em cinco lutas, fato que demonstra uma certa predileção pela posição (risos). Só o treinamento árduo e constante gera uma intimidade com o golpe, e sua perfeita execução. Hoje, mesmo quando não traço uma estratégia prévia, parece que minhas pernas convergem para o golpe! Por outro lado, basta ver minhas lutas para ver facilmente que também tenho aplicado bem outras diversas posições. Tanto que na última luta, valendo o ouro e o pacote para Abu Dhabi, finalizei meu adversário com uma chave de pé. Para finalizar no triângulo ou no pé, lembre do lema: a prática exaustiva de uma posição leva a sua perfeição.

Quais serão seus maiores adversários em Abu Dhabi entre os magrinhos?

Todos os atletas garantidos em Abu Dhabi possuem enorme potencial, foram merecedores da passagem. Assim, para não cometer injustiças, e reconhecendo o grau de dificuldade das seletivas, prefiro não nomear individualmente qualquer um. Todos são capazes e, por isso, não vou me preparar tendo em mente o jogo de quaisquer deles, estratégia que adotei na Seletiva de Gramado e que foi muito bem sucedida.

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