Da série “Por onde anda…”: Alex Negão

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Alex Negão com o astro de Abu Dhabi Hassan. Foto: Regis Rodrigues.

Ele foi personagem constante nos fortes treinos de MMA da Brazilian Top Team, onde figurava como um sparring de luxo de Minotauro & Cia. Ele foi pupilo do saudoso Carlson Gracie com quem morou ainda na faixa-azul. E figurinha fácil nos pódios do ADCC. Campeão de Jiu-Jitsu em quase todas as faixas. E ex-jogador da seleção infanto-juvenil de vôlei.

Sim, o gigante Alex “Negão” Paz foi um grande expoente do Jiu-Jitsu no inicio da década, mas foi além: um espectador de luxo dos bastidores do MMA mundial. Mas por onde anda esta figura facilmente notada pelos seus 115kg distribuídos em 1,92m de altura?

Morando em Abu  Dhabi há um ano, Alex é responsável pelo treinamento de MMA do Emirates Team e tem sob sua supervisão Marcos Oliveira, Hassan Rumaiti, Michel Maia, Maiky Reiter entre outros. Considerado a maior autoridade de MMA no Oriente Médio, ele conta “por onde anda” e analisa o momento do esporte nesta região.

Como você reiniciou o MMA aqui nos Emirados?
Conheci o Maiki aqui, que estava vindo da Holanda, e quando botei os olhos no treino dele, vi que tinha um enorme potencial no MMA. Daí começamos a treinar juntos, mas sem nenhum plano estabelecido. Foi quando o Hassan Rumaiti (filho adotivo do Sheik Tahnnon), vendo os treinos, pediu para iniciar seus treinamento, pois queria estrear na modalidade. Em poucos meses estreou com uma vitória na Holanda. Sheik Mohamad Bin Zayed ficou muito feliz e apoiou nossos treinos.

Como está composta a equipe nesta modalidade?
Além dos lutadores brasileiros, iniciamos com a segunda geração de filhos do Sheik Tahnnon. São cerca de 20 jovens com idade de 16 a 18 anos. Também temos lutadores oriundos de outros países.

O mercado de MMA está em expansão em Abu Dhabi?
Não só em Abu Dhabi. Aqui temos um evento bem estruturado, o ADFC. Em novembro, teremos um na Jordânia onde teremos dois ou três lutadores nossos. Em janeiro, provavelmente teremos um outro no Egito onde tentaremos colocar alunos nossos também.

Como estão os treinamentos do time?
Tá dando gosto de ver. O bicho tá pegando. O Hassan em particular evoluiu muito. E trabalhar com caras como Marcão, Michel, Maiki e o Luciano “Mutante”, que chegou agora aqui, é muito prazeroso. A rapaziada responde bem às exigências.

Fora o Hassan, você teria outras apostas na região?
Na Jordânia deve estrear o Khalid Walid pela Síria, e o Gabriel Tayeh pela Palestina. Os dois vão dar muito o que falar. Khalid é um excelente estriker e o Gabriel tem um Jiu-Jitsu muito apurado. Também temos o excelente boxe do Ali Salem, que é irmão do Hassan, e o peso pesado Yahya Mansoor que é idolo local do Jiu-Jitsu. Sem falar nas gratas surpresas desta nova geração que o Sheik Tahnnon nos disponibilizou. Vão dar o que falar.

Alguma consideração final?
Só agradecimento. Às pessoas que me ensinaram muito como os mestres Carlson, o Murilo (Bustamante), Ricardo Libório, Zé Mario, Bebeo, Cláudio Coelho e amigos como Marcelo Palermo, Ovidio de Abreu e Felipe Bronze. Aos componentes do Emirates Team, principalmente Jonver Bonini, Bruno Lopes, Orley ‘Tartaruga’ , Oscar  Junior e Marcelo “Guardinha” Motta que sempre ajudam nos treinos. E agradecer o apoio incondicional e voto de confiança do Sheik Mohamad e do Sheik Tahnnon para que possamos desenvolver este trabalho aqui em Abu Dhabi.

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