A arte de se preparar para um Mundial de Jiu-Jitsu, com Gabriel Arges

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Gabriel Arges em foto de Luca Atalla

O mais esperado torneio do ano, o Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, começa no dia 30 deste mês, mas é nos dias 2 e 3 de junho que o nível chega ao ponto mais alto para as disputas entre os melhores faixas-pretas do planeta. Gabriel Arges, campeão no Mundial 2017, chega com tudo para defender sue título em 2018 e com grandes chances de repetir o feito.

Atleta da Gracie Barra formado pela turma de Minas Gerais, que já tem no currículo nomes como Romulo Barral, Felipe Preguiça, Cláudio Caloquinha e outros, Gabriel Arges está na reta final de preparação buscando entrar no ainda mais seleto grupo de campeões. Após fechar com Otávio Sousa em 2016 e morder o ouro em 2017, Arges parte para a Pirâmide de Long Beach visando pela terceira vez estar no topo do peso médio.

Conversamos com a fera sobre as expectativas para uma uma busca do ouro mundial, os detalhes da preparação, as lições com as derrotas e a chave para chegar em alto nível para o torneio mais importante da temporada. Confira!

Como estão os treinos para o Mundial e a expectativa na busca por mais um título na faixa-preta?

Os treinos para o Mundial estão muito fortes. Continuo focado no que sempre funcionou pra mim que é muito Jiu-Jitsu, preparação física e muito sparring com a galera de competição. A expectativa está bem grande. O Mundial é o campeonato que eu mais tenho vontade de lutar e agora eu acho que já não tenho tanto aquela pressão de vencer um Mundial. Acredito que, sem tanta pressão, dá uma aliviada, eu tiro um pouco o peso dos meus ombros e não fico tão ansioso para o campeonato. Como já fui campeão, sei como funciona o campeonato, já aprendi o caminho. Então, a expectativa é chegar lá e conquistar o topo do pódio.

Quem são as pedreiras da divisão? Quem você enxerga como principal rival na sua caminhada rumo ao ouro?

O peso médio está bem cheio e com vários caras com chances reais de serem campeões. Tem vários atletas despontando na categoria, mas não tem como deixar de citar o Marcos Tinoco, que eu fiz a final do Mundial no ano passado. Ele vem ganhando vários torneios importantes, foi campeão Brasileiro, fizemos a final do Pan-Americano. É sempre luta dura. Tem também o Claudio Calasans, que já foi campeão mundial, um cara que tem muita experiência. Então, é sempre difícil lutar com ele. Acredito também que o Isaque Bahiense vem bem para embolar na categoria. Tem o Octavio Sousa, que é o meu parceiro de treino, um cara que dispensa comentários. Um cara que sempre chega na final. Espero chegar a final com o Octavio e fechar mais um Mundial com ele.

Você lutou recentemente como o Leandro Lo pelo ACBJJ e acabou derrotado. O que saiu de errado na luta? Que lições tirou desse combate para o Mundial?

Eu nunca tinha lutado nas regras do ACBJJ. Ele me surpreendeu no início dos rounds, sendo bem agressivo. O jogo dele anulou bastante a minha guarda. Essa luta em si não da pra tirar muita coisa para o Mundial porque é uma regra diferente, mas para o próximo ACB com certeza eu vou ajustar esses erros e retomar o caminho do cinturão.

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