Yuri Simões e a luta com Keenan no Metamoris: “Faltou acreditar mais no leglock”

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Yuri Simões contra Keenan Cornelius. Foto: Metamoris

Yuri Simões contra Keenan Cornelius. Foto: Metamoris

Yuri Simões foi um dos protagonistas do Metamoris 5, realizado no último sábado, 22 de novembro, na Califórnia.

A batalha de kimono entre Yuri e Keenan levantou a plateia, e as chances de finalizações ocorreram para ambos os lados.

Nesta entrevista exclusiva para GRACIEMAG, Yuri fala da experiência e das lições de Jiu-Jitsu que absorveu no combate contra o rival americano. Aprenda a seguir:

GRACIEMAG: Como foi a experiência de lutar 20 minutos sem pontos, visando somente a finalização?

YURI SIMÕES: Foi diferente, nunca havia lutado sob essa regra. Muitas vezes até treino sem tempo ou faço treinos mais longos, mas não tinha competido assim ainda. Foi uma grande experiência. Dei o melhor de mim, o que é sempre o mais importante numa luta, independente do resultado.

Seu oponente seria o Lovato, que em cima da hora não pôde lutar. Isso mexeu com sua tática e preparação?

Em termos de preparação, a intensidade e os horários dos treinos continuaram idênticos. Mas a estratégia mudou totalmente, pois um tem o jogo bem diferente do outro, então o caminho para a finalização deveria ser diferente. O Lovato é mais previsível, apesar de mais forte e experiente. Já o Keenan é flexível, mais versátil e um pouco mais imprevisível! No fim das contas, eu estava preparado para ser ofensivo e efetivo em todas as possíveis situações contra quem fosse.

Você teve bons momentos na luta, principalmente o leglock. O que faltou para a finalização?

Ali no leglock, acho que faltou acreditar mais. Por ele ser flexível não botei tanta fé que aquele tipo de chave fosse funcionar, pequei nisso! Só percebi que estava justa quando estiquei o joelho dele e senti dois estalos! Vi então o Keenan se desesperar, mas ele conseguiu uma brechinha para puxar a perna e sair. Foi guerreiro em não bater, pois a posição estava bem justa. No fim da luta, ainda acabei com a chave de panturrilha encaixada, e a regra do Metamoris dizia: se o tempo acabar durante um golpe de finalização, a luta deveria continuar. Só depois do evento o juiz veio falar comigo, reconheceu a regra e se desculpou.

Menos de um mês antes, vocês se enfrentaram na final do Mundial Sem Kimono, quando você ganhou. Aquela luta ajudou de alguma forma no Metamoris?

Acredito que cada luta é uma luta, apesar daquela vitória sobre ele. Sei que ele é um dos tops no momento, e que precisava treinar em dobro para finalizar. Foi empate, mas estou feliz que meu Jiu-Jitsu não só foi ofensivo, como também consegui escapar de algumas situações perigosas.

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