Zé Mario analisa Anderson Silva x Chris Weidman no UFC 162: “Estou apreensivo”

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Zé Mario vs Renzo Gracie na superluta do ADCC 2011. Foto: Luca Atalla/Graciemag

Zé Mario vs Renzo Gracie na superluta do ADCC 2011. Foto: Luca Atalla/Graciemag

Aos 46 anos, Zé Mario Sperry segue topando novos desafios. Em outubro, o faixa-preta de Carlson Gracie encara Fabio Gurgel numa das superlutas do ADCC em Pequim, na China.

Enquanto afia seu Jiu-Jitsu com a turma da X-Gym, o campeão mundial absoluto de 1998 e ex-ídolo do Pride segue observando atentamente o panorama do MMA. A pedido de GRACIEMAG, ele usou seu olhar técnico para avaliar a disputa de cinturão entre Anderson Silva e o desafiante Chris Weidman, no UFC 162, dia 6 de julho. E ele está preocupado. Confira:

GRACIEMAG: Como você vê essa disputa entre Anderson Silva e Chris Weidman, na luta principal do UFC 162?

MARIO SPERRY: Estou muito apreensivo em relação a essa luta. Weidman tem um jogo que, no meu entendimento, pode representar um problema real para o Anderson. Ele tem um wrestling de excelência, se movimenta muito bem no chão e sabe socar e chutar bem.

Dá para prever algum desfecho?

Estou na torcida para o Anderson ter uma noite iluminada, pois seu adversário é sem dúvida nenhuma o mais perigoso que ele já enfrentou.

Como estão seus treinos de Jiu-Jitsu na X-Gym, no Rio de Janeiro?

Muito bons. Tenho treinado sob a orientação de toda a equipe da X-Gym, que é coordenada pelos professores Josuel Distak e Rogério Camões. Tenho feito também minha preparação física com o professor Diogo de Souza. Como estava afastado dos treinos sem pano há algum tempo, estou fazendo uma estruturação de base. Estou treinando muito Jiu-Jitsu. Depois que saí da Blackzilians, acredito que agora tenho mais tempo para investir em meu treinamento. O trabalho lá era gratificante, mas muito puxado. Além de dirigir os treinos, viajava muito. Ainda sinto saudade de toda a equipe, dos treinos e da cidade. Era um ambiente agradável.

O que mudou desde a sua vitória contra o Renzo no ADCC 2011, na Inglaterra?

A única coisa que realmente mudou é que não estou totalmente parado agora. O ADCC 2011 me fez respirar Jiu-Jitsu novamente, após quatro anos afastado do esporte. Com o ADCC, voltei para o mundo das lutas e acabei convidado para trabalhar na Blackzilians, o que me fez manter a forma. Também foi importante para fazer amigos e aprender novas técnicas, estratégias e treinamentos. Sou o mesmo lutador, agora mais maduro. Estou competitivo.

O que o ADCC traz de mais instigante?

O ADCC é a olimpíada da luta agarrada. Os melhores e mais determinados lutadores do mundo no chão se testam. Vencer um ADCC leva o atleta a outro patamar. Gosto também do critério de prorrogação em caso de empate.

Como você analisa a superluta com Fabio Gurgel, no dia 19 de outubro?

Será bem disputada. Temos nossas características e quem conseguir impor seu ritmo vai vencer. Quando me perguntaram se eu lutaria com o Fabio, aceitei na hora. Ele tem uma história vencedora no esporte, não só como atleta, mas como professor de várias gerações de lutadores. Nós nos definimos pelos adversários que escolhemos enfrentar.

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