Renato Babalu fala de MMA e Jiu-Jitsu: “Estou aprendendo esse tal de berimbolo”

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Renato Babalu treinando de kimono. Foto: Mike Poeschl/ Divulgação

Renato “Babalu” Sobral, 38 anos, pendurou as luvas de MMA após 37 vitórias e 11 derrotas. Mas não pense que o ex-astro do UFC parou, não. O faixa-preta de Jiu-Jitsu continua treinando e, para alegria dos fãs, vai retornar às competições trajando o kimono. Babalu está inscrito na segunda edição do Mundial Master & Sênior da IBJJF, em Long Beach, na Califórnia, no próximo fim de semana.

Renato Sobral vai lutar no sênior 1 pesadíssimo. Para ver quem mais está inscrito, acesse o site da IBJJF, aqui.

Em bate-papo com GRACIEMAG, Babalu analisou o MMA atual, distribuiu lições de Jiu-Jitsu, falou das novas técnicas e afirmou: “Essa arte faz minha higiene mental”.

GRACIEMAG: Que lições você aprendeu em sua extensa carreira de MMA?

RENATO BABALU: Foram muitas, e sempre vou levá-las comigo. Vitória e derrota andam lado a lado e fazem parte do passado. O importante sempre é o que está por vir. Gostei de ter feito todas as lutas na minha carreira, não tenho nenhuma especial, todas foram duras e serão lembradas. A dica que deixo ao leitor é se dedicar ao máximo ao esporte. Pergunte a si mesmo se é realmente isso que você quer para si, pois não é uma questão de momento. É um esporte de muitas renúncias que terão de ser feitas se você quiser chegar ao topo.

O Jiu-Jitsu hoje tem uma série de campeões buscando o topo. Quem você acha que pode chegar lá? Braga Neto, Ronaldo Jacaré, Roger?

Os três faixas-pretas têm muita chance de sucesso no MMA, são finalizadores natos. O Jiu-Jitsu para o vale-tudo é ideal para quem tem bons botes de finalização, pois as lutas são de apenas cinco minutos e o padrão de pontuação é diferente.

O que motivou você a lutar uma competição como o Mundial Master & Sênior?

Nunca competi muito no Jiu-Jitsu, porém competi bastante no wrestling. Então para mim é um novo começo. Minha intenção é me divertir como sempre fiz no MMA e no wrestling, quero voltar à raiz do esporte amador. É como meu professor Roberto Leitão me ensinou um dia, é amador porque fazemos com amor, e tenho uma paixão eterna pelo Jiu-Jitsu graças às pessoas que me apresentaram a arte, os professores Carlos Gracie Junior e Roberto “Gordo” Correia. O Jiu-Jitsu me tira de enrascadas todo dia, pois é dentro do tatame que faço minha higiene mental e renovo minhas baterias para continuar o dia a dia.

Como estão os treinos para a competição?

Minha vida não mudou muito, eu continuo treinando duas vezes por dia de 7h a 8h da manhã e de noite. Treino com intensidades diferentes e lógico que treino de kimono todo dia. Venho tentando me atualizar nas
regras novas da IBJJF, e aprendendo esse tal de berimbolo [risos].

Você faz algo específico para se concentrar antes de lutar?

Pela minha cabeça não passa nada antes de lutar. Antes ficava pensando em situações que poderiam acontecer, só que com o tempo você aprende que nada disso adianta, pois são frações de segundo e tudo muda. O importante é treinar bem que na hora do combate tudo flui.

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