O chão de Frankie Edgar contra um campeão mundial de Jiu-Jitsu

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Frankie em foto de Josh Hedges

No dia 28 de agosto, em Boston, Frankie Edgar terá novamente BJ Penn pela frente, adversário de quem tomou o cinturão de leves do UFC na última apresentação, em Abu Dhabi. Com boa trocação, Penn também é famoso por contar com um Jiu-Jitsu diferenciado. Foi o primeiro atleta não brasileiro a faturar o Mundial da modalidade na faixa-preta. Contra essa arma do oponente, Edgar conta com a ajuda de Ricardo Almeida “Cachorrão” e Renzo Gracie.

Num bate-papo com o nosso correspondente Nalty Jr., o atual campeão comenta um pouco da arte suave na sua vida, uma possível luta contra José Aldo e, lógico, fala do próximo desafio. Confira:

Quando você começou a treinar Jiu-Jitsu?

Comecei a treinar informalmente, uns quatro anos atrás, assim que comecei a treinar MMA. Eu treinava um  Jiu-Jitsu básico para o MMA, mas comecei a treinar sério mesmo com o Cachorrão há pouco mais de dois anos.

Pensa em pegar a faixa-preta?

Sem dúvida. Eu preciso treinar de kimono um pouco mais, mas, definitivamente, quero isso. Vou continuar trabalhando para que um dia isso aconteça.

Qual e a importância do Jiu-Jitsu no seu jogo?

É extremamente importante, simplesmente pelo fato de que me faz ser mais rápido e eu fico apto para lutar mais forte em todas as áreas do meu jogo, pois Jiu-Jitsu é tão bom que permite consertar o que está errado. Uma posição complicada pode se tornar uma outra bem melhor.

Contra BJ Penn. Foto: Josh Hedges.

Como foi vencer o BJ Penn, quando todos pensavam que seria uma luta fácil para ele?

Eu meio que não entendi quando todo mundo falava isso. Ele é um ótimo lutador e já era campeão por muito tempo. Ele venceu tantos caras bons, vinha destruindo todo mundo na categoria… Mas para mim nada disso importava, sempre acreditei em mim, nos meus técnicos e sabia que podia vencer.

Qual é o segredo para vencer um campeão como BJ?

Para mim é apenas fazer a minha luta. Para vencê-lo não pode entrar no jogo dele.

Vai mudar a estratégia, ou alguma coisa nos seus treinos, para a próxima luta entre vocês?

Eu tenho definitivamente que treinar forte, mas também tenho que treinar com inteligência. Vou assistir à luta e ver os erros que eu cometi e os erros que ele cometeu e ajustar meus treinos em cima disso. Acho que o importante é melhorar de uma luta para outra. Se eu estiver melhor na minha próxima luta, eu terei feito meu trabalho e posto em prática tudo que fiz nos meus treinos.

Você colocou o BJ para baixo, coisa que ninguém tinha feito antes. Acha que a combinação do Jiu-Jitsu com o wrestling faz a diferença no MMA?

É uma grande combinação. Acho que um completa o outro muito bem. Eu, particularmente, continuo melhorando todos os dias nos dois, tanto no Jiu-Jitsu quanto no wrestling, e quanto mais confortável eu fico com isso, fico mais hábil na transição entre os dois, ou quando uso os dois juntos. Sinto o meu wrestling melhor por causa do Jiu-Jitsu.

José Aldo seria um ótimo desafio”, Frankie Edgar

A maior teoria do Jiu-Jitsu é  que tamanho não faz diferença. Para a luta contra BJ, todos estavam dizendo que ele teria vantagem por ser maior. O que acha disso?

A verdade é que as pessoas ficaram falando muitas coisas antes da luta e ao longo da minha carreira. A questão do meu tamanho foi uma delas. Mas eu sempre soube que tamanho não é documento e sempre acreditei em mim. Nem ligo para essa história.

O que espera para a próxima luta contra o BJ Penn?

Espero mais uma luta dura, um BJ ainda mais difícil. Estou treinando pesado para ter certeza que dessa próxima vez terei uma performance ainda melhor que a que tive na minha última luta contra ele.

E o que você acha de uma luta contra o José Aldo, campeão peso pena do WEC?

Tem muita gente me perguntando isso. Eu quero ser campeão da categoria leve por muito tempo, mas sem dúvida seria uma superluta para os fãs. José Aldo é um lutador fenomenal. Ele é um Anderson Silva de 66kg, seria um ótimo desafio para mim.

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