Maior vencedor do Mundial de Masters, Saulo Ribeiro vai em busca de mais ouro

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Saulo em ação no Mundial de Masters.  Foto: GRACIEMAG

Saulo em ação no Mundial de Masters. Foto: GRACIEMAG

Seis vezes campeão mundial de Jiu-Jitsu e duas vezes campeão do ADCC, Saulo Ribeiro é considerado um dos maiores competidores da história do Jiu-Jitsu. Ele enfrentou os maiores concorrentes de sua geração e se manteve por muito anos no topo entre os adultos. Agora lutando no master, o faixa-preta de Royler Gracie continua dominante. Desde 2012, quando a IBJJF passou a realizar o Mundial de Masters nos Estados Unidos, o fundador da Universidade do Jiu-Jitsu foi campeão quatro vezes no peso e conquistou três títulos no absoluto.

Na edição de 2016, que rola entre os dias 25 e 27 de agosto em Las Vegas, Saulo vai atrás de mais um ouro para a sua coleção, desta vez entre os pesados da divisão master 3. Em entrevista exclusiva à GRACIEMAG, Saulo falou sobre os treinamentos para o campeonato, revelou com qual mentalidade entrará no torneio e declarou: “Quero comprovar que ainda estou no nível de competitividade acima das expectativas para a minha idade.” Confira a entrevista completa a seguir:

GRACIEMAG: Você luta há algum tempo os eventos de master. Qual a expectativa para mais uma participação no Mundial de Masters?

Saulo Ribeiro: Eu continuo fazendo o que um lutador faz, que é lutar, independente se é master, adulto, de kimono ou sem kimono. Estou sempre na busca por desafios e por aquilo que me inspire para que eu possa também inspirar os meus alunos. Seja dando aula ou competindo, estou sempre nessa busca.

Como são os treinos para esse tipo de competição? É bem diferente de quando você lutava no adulto? O que muda? O que você prioriza?

Não muda nada, você apenas amadurece a forma de se manter pronto para a batalha, que na verdade é a mesma. A gente só muda a prioridade das coisas, já que temos a nossa empresa e outras coisas que ocupam o nosso tempo. Mas a nossa dedicação como competidor é sempre visando o bom resultado, seja financeiro ou competitivo. Nos preparamos como se fosse para qualquer atividade da nossa vida. Eu sempre falo que luto desde que acordo para fazer o meu melhor em todas as minhas tarefas do dia, seja como chefe de família, irmão, professor ou empresário. Então, a luta é diária, só muda o campo de combate.

Você foi o primeiro atleta a conquistar mais de cinco títulos na faixa-preta. Qual foi o segredo para alcançar esse feito? O que você passa para os seus alunos dessa experiência?

No adulto, você está buscando um pouco mais de reconhecimento e posicionamento no campo profissional para ter um valor maior no mercado. Agora, que lutamos mais como uma recreação, ela é levada de maneira mais relaxada, menos tensa, pois já sabemos quem somos, o que representamos e onde queremos chegar. A gente faz isso por puro prazer.

O Master é um torneio que se destaca pelo clima de confraternização. Com que foco você entra nesse torneio?

O segredo é sempre entrar em busca de desafios, tentar se testar, sem estar preocupado e escravo do resultado. Quando estamos escravos do resultado, nos limitamos ao que os outros já conseguiram e nunca vamos saber realmente qual é o nosso limite. O limite criadorepresenta a realidade do outro. O seu, é o quanto você dá o seu melhor. Assim, você vai ver até onde chegou e quais foram realmente as suas conquistas. Mas, no processo, você tem que aproveitar e dar o seu melhor. Além de ser apaixonado pelo que gosta, se dedicar todos os dias e se cercar de pessoas boas, que contribuam para você crescer.

O segredo do sucesso é ser feliz e esses momentos de competição são momentos felizes, que a gente se reúne e relembra bons momentos do Jiu-Jitsu. Mas, apesar de toda a confraternização, eu encaro com a mesma responsabilidade e com o mesmo foco de vitória, querendo arrancar a cabeça de todo mundo e querendo comprovar que ainda estou no nível de competitividade acima das expectativas da minha idade.

Acredito no treinamento, no regime, na competitividade e na técnica. Acredito que a nossa técnica é apurada porque ela é forjada todo dia. Somos estudiosos do Jiu-Jitsu, que aplica e ensina aquilo que testam no campo de batalha. Então, podemos falar com muita propriedade do que a gente está testando ali. Por isso, acredito que somos generais de primeira linha, porque a gente ensina aquilo que funcionou pra gente.

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