Léo Nogueira sobre o campeão Alexander Trans: “Dominei a luta e ele lutou 30 segundos”

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Léo Nogueira encara Alex Trans, no Europeu 2013. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

No fim de semana passado, o craque Leonardo Nogueira experimentou aquele sabor estranho que somente o Jiu-Jitsu proporciona, e que faz o esporte ainda mais apaixonante. Após garantir o absoluto ao fechar com o amigo Bernardo Faria, o monstro da Alliance foi superado por outra fortaleza, na semifinal do peso pesadíssimo.

Alexander Trans (CheckMat) foi o autor do resultado de certa forma surpreendente, apesar de o dinamarquês ser visto como um astro em ascensão desde a faixa-marrom.

Léo Nogueira falou sobre os bons e o mau resultados em Lisboa, sobre lutar ofensivamente, sobre sua meia-guarda e claro, sobre seus erros e acertos no Europeu. Aprenda com ele!

GRACIEMAG: Qual análise você pode fazer após uma campanha como essa no absoluto do Europeu 2013?

LÉO NOGUEIRA: Acho que meu desempenho não poderia ser melhor, ainda mais para abrir a temporada internacional. Afinal, finalizei todas as três lutas que fiz, e foi um campeonato em que lutei muito para a frente. Vou treinar para melhorar, claro. Sobre a final, entendo que o povo quer ver dois caras disputando o ouro, mas eu não tinha chance nenhuma de lutar com ele. O Bernardo é como um irmão e treinamos todos os dias juntos. Eu não conseguiria.

No pesadíssimo, você ficou com o bronze, ao perder na semifinal para o Trans, que você havia vencido no absoluto. Você acha que errou algo em especial nessa luta?

Acho que eu perdi muito tempo tentando finalizá-lo da guarda fechada. Quando enfim raspei, a luta já estava perto do fim e fui com muita sede para finalizar. De tanto tentar, Alex conseguiu me raspar e caiu quase passando nos últimos segundo. Perdi porque tentei atacar até o último segundo. Se eu segurasse sinto que eu ganharia a luta. Hoje mudei meu jeito de lutar, agora luto para finalizar, mesmo que isso às vezes me custe caro! Sei que o público gosta de finalizações e não vitórias por pontos.

O que você faria diferente?

A luta foi duríssima, mas realmente foi um erro que me custou muito caro, afinal dominei a luta inteira e ele lutou apenas 30 segundos. Eu poderia ter mais calma na passagem. Tentei passar a guarda muito rápido e assim me expus muito. Qualquer erro com o Trans é fatal, pois ele é muito forte e pesado, além de contar com posições muito justas.

Qual a maior lição que você tirou?

Aprendi com a derrota que é preciso lutar concentrado até o último segundo. Foi o que o próprio Alexander Trans fez na final, com o Rodrigo Cavaca. Ele passou a guarda faltando uns três segundos.

Você teve outras lutas duras?

Rapaz, fiz quatro lutas no total. Destaco minha luta contra o Mathias Ribeiro (CheckMat), que é um cara pesado que se movimenta igual a um peso leve.

Você tem uma meia-guarda fortíssima. Que detalhe nosso leitor deve se concentrar para ficar afiado na posição?

Olha, eu procuro sempre ter o domínio antes do meu adversário. Quem dominar primeiro vai ter sucesso na posição. Meu segredo para a meia-guarda é bem simples, na verdade: mantenha-se sempre de lado. Você não pode deixar, de jeito nenhum, o adversário chapar suas costas no chão!

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