Nicolini e a armadilha eficaz: “Vou no triângulo, dou espaço e pego o braço”

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Michelle Nicolini em combate com Talita Treta. Foto: Foto: Marcelo Falavigna/Divulgação

Campeã meio-pesado e no absoluto em Gramado, no fim de semana passado, a estrela Michelle Nicolini (CheckMat) finalizou quase todas suas oponentes no ginásio Perinão e vai a Abu Dhabi cheia de moral.

Ainda mais por ter conseguido este feito sem estar 100%, após a contusão na coxa sofrida no Europeu da IBJJF, em Lisboa. Em conversa com o GRACIEMAG.com, a faixa-preta falou sobre a final do aberto, contra Talita Nogueira, sobre superação, seu jogo de guarda e muito mais. Leia e aprenda um pouco.

GRACIEMAG: Além da passagem para Abu Dhabi, o que você leva de Gramado?

MICHELLE NICOLINI: Desde que cheguei a Gramado, fui muito bem tratada pelo staff do (Fernando) Paradeda e pelas pessoas de lá, dormi bem, comi bem, conversei, ri e até treinei na sexta de manhã, antes das primeiras lutas! Eu estava bem relaxada, fiz tudo certinho e, com o apoio das pessoas certas, consegui o pacote para os Emirados, que era o objetivo. Mas entendo que sempre posso fazer um pouco melhor. Foi uma boa atuação, a que dedico para minha família e amigos na CheckMat.

Como você definiria seu jogo contra a Talita Treta, na final do absoluto feminino?

Meu jogo é bem afiado nas raspagens, com posições variadas, e com foco na finalização. Dificilmente eu mudo minha estratégia, e como eu já tinha lutado com ela, me lembrava de uns erros que cometi da outra vez e procurei não repeti-los. Mesmo assim, ela fez quatro pontos em mim! Mas eu consegui fazer 6 a 4 e venci. Demos ao público seis minutos de euforia, nervosismo e no fim acho que agradamos. Eu fiz mais guarda, Talita luta muito bem também. Eu sabia que não estava 100% por conta da perna recém-recuperada, então nas lutas anteriores eu busquei finalizar rápido para esperar uma final dura.

Teve algum momento de sufoco na luta com a Talita?

Teve um momento em que ela quase passou a minha guarda, acho que muitos teriam “cedido” a passagem, porque estava bem justa. Mas aí eu pensei: “Bem, se ela passar vai me dar um trabalhão para recuperar!” (Risos). Então não desisti, e acho que depois daquilo eu não ia entregar mais a vitória. E venci.

Um golpe que impressionou em Gramado foi sua transição do triângulo para o braço. Algum macete?

Eu começo este triangulo da guarda aberta, vou desequilibrando a adversária até encaixar. Por eu ser menor que as outras meninas, se eu chego ao triângulo, elas jogam o peso do corpo, me amassam e passam a guarda. Aí desenvolvi esta manobra: vou para o triângulo, dou uma brecha e, quando elas pensam em fazer postura para defender, eu giro o quadril e pego o braço. Está dando certo! O macete é conduzir bem as pernas na hora de pegar.

Outra atleta que tirou onda foi a Marina Ribeiro, sua companheira de treinos….

Foi muito bom ver a Marina também sendo campeã, após vencer a Luanna. Mostrou que minha ideia de cada uma se inscrever numa categoria diferente foi boa. Já deixamos nossos professores ainda mais felizes, ainda mais porque era a última seletiva para o WPJJC no planeta. Em abril tem mais, em Abu Dhabi!

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