Leandro Lo analisa Pan e o bi em Abu Dhabi: “Vou lutar o Mundial no peso leve”

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Leandro observa o oponente enquanto prepara o bote de sua temida guarda aberta. Foto: Erin Herle/ GracieMag

Campeão na divisão até 76kg do WPJJC 2013, em Abu Dhabi, realizado no fim de semana passado, Leandro Lo (Cícero Costha) não teve moleza nos Emirados.

Primeiro, precisou espantar o abatimento, após sair do Pan 2013 na Califa sem medalhas no peso ou no absoluto. Depois de botar a cabeça no lugar, fez seu jogo e venceu novamente na terra dos xeques, em final acirradíssima contra o velho conhecido Lucas Lepri. O ouro veio graças a uma vantagem, após Lo tentar passar a guarda.

O fenômeno guardeiro treinado por Cícero Costha comentou sobre o feito em Abu Dhabi e o que aprendeu no Pan da IBJJF. Confira:

GracieMag: Como foi a trajetória até o topo em Abu Dhabi?

LEANDRO LO: Tive uma boa atuação, acho que lutei do jeito que eu gosto. Fez diferença não tomar pontos no começo da luta. Pode reparar, todos os meus adversários conseguiram entrar forte para tentar raspagens, mas não conseguiram executar. Me equilibrei, não tomei os pontos e isso foi uma boa. Começar com dois pontos atrás numa luta de seis minutos pode ser fatal.

Como foi mais esta final com o Lepri?

A gente se conhece bem, já fizemos várias finais no peso leve. O Lucas é um cara muito duro e técnico, com ele não se pode errar nem começar perdendo. É muito difícil fazer qualquer ponto nele, por cima ou por baixo. O que tem me ajudado muito na luta contra ele é que sempre tenho conseguido colocar minhas mãos no chão, isso me ajuda na base. Ele tem uma guarda boa e desequilibra demais. Venci, acredito, graças à minha base. Ando praticando muito meu equilíbrio fazendo movimentação na bola, além de treinos de base com as mãos apoiadas no chão.

Aplicou algum golpe inusitado em Abu Dhabi? Teve um estrangulamento interessante…

Isso, eu não lembro contra quem foi, mas usei um estrangulamento partindo da meia-guarda. Gosto muito dessa finalização, fico feliz quando acerto a posição para pegar. Afinal, não preciso nem passar a guarda para vencer.

O que essa conquista representou para você, após um Pan 2013 abaixo do seu potencial?

Fiquei feliz com o bicampeonato em Abu Dhabi, a conquista me fez repensar em muita coisa sobre mim. Eu fiz uma autoavaliação e agora vou tratar de corrigir ainda muita coisa para os próximos torneios. Apesar de eu ter perdido no Pan, a derrota me deu várias lições. Aprendi muito sobre como treinar melhor.

Treinar mais?

Não exatamente. Por exemplo, no Pan eu estava me sentindo bem rápido no peso médio, mas não estava forte como quando atuava entre os leves. Perdi várias posições durante as lutas, e não gostei do jeito que lutei. Com isso tudo, aprendi que não é treinar muito que faz você ganhar, e sim treinar certo. Agora não vou mais errar. Para o Mundial, vou voltar a lutar de leve, mas não descarto novo retorno aos médios depois. Ocorre que meu amigo e parceiro de treinos Murilo Santana vai afiado no peso médio. E não quero ter de lutar com ele caso a gente caia no mesmo lado da chave.

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