De Demian, sobre Anderson

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Demian trabalha duro em abu Dhabi. Foto: Luca Atalla

Em Abu Dhabi, nos aprontos finais para a disputa de cinturão contra Anderson Silva, Demian Maia se prepara ao lado de feras como Xande Ribeiro. Antes de viajar aos Emirados Árabes, Demian conversou com a NOCAUTE, numa super matéria disponível na edição que está em todas as bancas. O lutador descreveu fatos importantes na vida e na carreira, desde o início nas artes marciais, ainda criança, ao início no MMA e sucesso no UFC. Logicamente, Demian não poderia deixar de falar do futuro adversário, Anderson. Abaixo, confira um trecho desta reportagem: 

Polêmica com Anderson 

Acho que o campeão sempre se sente ameaçado com quem está chegando, fica mais retraído e pode vir a falar mal. Não sei exatamente porque começou a nossa desavença, um monte de coisas que ele falou de mim. Mas houve uma brincadeira que fiz numa coletiva de imprensa do Ultimate, que nem imaginava que fosse sair, e deve ter irritado ele. Eles (a organização) pediam para fazermos coisas mais fortes, pelo marketing. Os caras perguntaram se eu ia finalizar o Anderson e falei o que eles queriam e dei uma risada. Não gosto disso, prefiro ver na hora da luta. Mas falei e acho que só pode ter sido isso o que o deixou com esse sentimento por mim. Mas, para te falar a verdade, não sei se foi por isso que tudo começou. 

Admiração  

Sempre fui fã dele como lutador. Como pessoa não, pelos ataques que ele me fez gratuitamente. Não sou fã dele na parte pessoal como sou do Minotauro, Cigano ou Wanderlei. Mas, como atleta, vou continuar sendo, independentemente do que aconteça na luta. Ele é excelente. Fico feliz quando ele ganha e torço por ele. Confesso que, contra o Thales Leites (UFC 97), não torci para ele. Mas, em várias outras disputas de título, torci para ele. Não tenho problema nenhum. Sou bem frio quanto a isso. 

Amizades em comum 

O fato de ser amigo do Rogério Minotouro e do Rodrigo Minotauro, além de ter treinado boxe com Dórea (treinador da Minotauro Team), para mim não é problema. Acho que as coisas estão indo cada vez mais para o lado profissional. Na faixa azul, lutei contra um companheiro da Alliance na final do Mundial. Também lutei com o Jacaré, que era da minha equipe. Hoje tenho caras que são mais que amigos, o André Galvão e o Eduardo Telles, que treinam com ele. Adoro o Minotauro, que também treina com ele. Não vejo problema nenhum e acho que todo mundo é ético. Ninguém vai falar ‘pô, o cara faz isso ou aquilo’. Vão treinar com ele, sem pensar no adversário. Falei para o Minotouro que, se o Rodrigo ficar no corner do Anderson, não terá problema algum. Continuarei depois da luta amigo deles e treinando com eles. Lógico que, para mim, é mais fácil, porque não sou o campeão. Esse lance de profissionalismo sempre aconteceu comigo, nem porque quisesse, mas pelo destino. 

Demian trabalha o chão com Xande. Foto: Luca Atalla

A grande chance  

Ter essa chance de repente, do jeito que aconteceu, foi engraçado. Pensava que não a teria tão rapidamente depois da minha derrota. É a melhor oportunidade da minha vida e não tenho como dizer não, apesar do curto espaço de tempo. Só tenho que agradecer a Deus pelas coisas conspirarem a favor. Eles me ligaram no meio do carnaval para eu assinar o contrato e foi uma surpresa. 

Como vencer 

Tenho que lutar com o coração. Tenho que lutar no meu estilo, ser agressivo e buscar a finalização. Me arriscar na hora certa. Terei que descobrir o caminho no octagon. É um labirinto, mas ele existe. Espero conseguir achá-lo.

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