Durinho diz que “conversa com Lo não acabou” e cava luta em card de Anderson

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Durinho ataca o joelho de Lo. Foto: Deive Coutinho/ Copa Pódio

Durinho ataca o joelho de Lo. Foto: Deive Coutinho/ Copa Pódio

Hoje craque do UFC, o faixa-preta Gilbert “Durinho” Burns mostrou que ainda tem pressão e gás de sobra para competir no Jiu-Jitsu. No último dia 22 de novembro, o niteroiense voltou a tirar o kimono do armário e levantou a plateia na Copa Pódio, no ginásio do Botafogo, ao lutar sem tempo e sem pontos contra Leandro Lo.

O treinador de Vitor Belfort teve seu melhor momento com um leglock justíssimo, mas Lo defendeu-se com técnica e elasticidade, e escapou. Com quase 20 minutos de confere, Lo passou a guarda e estrangulou Durinho. Em papo exclusivo com GRACIEMAG, Durinho analisou erros e acertos da superluta e pediu para voltar ao octagon do UFC já em janeiro. Confira o que ele diz:

GRACIEMAG: Como foi lutar sem pontos e sem previsão de tempo?

GILBERT DURINHO: Acho que o mais legal foi que todo mundo gostou. Foi uma luta sem amarração, sempre para a frente, uma guerra. Competir em alto nível é sempre positivo, mesmo quando o resultado não é o esperado. Não fico feliz com a derrota, mas aproveitei toda a jornada de treinos. Percebi em mim uma evolução em todas as áreas. Cometi alguns erros, mas o mais importante foi a evolução durante os treinos e a experiência na competição. O Lo é um cara completo, com muitas qualidades. Foi nossa primeira vez lutando sem tempo, foi bem desgastante, eu tive um bom momento e não aproveitei. Já o Lo aproveitou muito bem. Fica a lição de não perder posição. Apostei todas as minhas fichas numa posição e perdi. Agora é voltar aos treinos e evoluir diariamente. A minha conversa com o Lo ainda não acabou, não deste jeito. Ainda temos contas a acertar.

O que faltou para o leglock encaixar?

Achei que não tinha faltado nada, mas logo que acabou a luta o Calasans me mostrou um detalhe que definiria a luta. Quando o leglock está bem encaixado, é preciso aplicar a pressão correta com as nossas pernas. Com isso, eu poderia trocar a pegada das pernas em vez de abraçar a panturrilha, como fiz. Devo fazer como um armlock, direcionando as minhas duas mãos para o calcanhar do adversário e ajustar para o lado contrário, que pode variar também para a chave de pé. Daí fica difícil de ser defendido. Fiz questão de aprender algo novo e corrigir isso logo após o combate. Já repeti diversas vezes a posição, essa nunca mais esqueço! O mérito foi do Leandro também, pois o golpe estava bem encaixado. Ouvi estalar várias vezes e fui para arrancar, mas foi mérito dele que resistiu, defendeu e logo em seguida atacou com eficiência.

Ter um rival desse calibre ajuda você a subir de patamar como lutador de Jiu-Jitsu?

Sempre, em toda a minha carreira foi assim. Você precisa ter um alvo. Já espalhei fotos de oponentes por toda casa. Lembro que para a luta contra o Bananada eu pus várias fotos dele pela casa.

O que vem pela frente na sua carreira?

Já pedi para lutar no card do Anderson Silva, em 31 de janeiro. Estou aguardando. Quero lutar o máximo de vezes que conseguir, estou com fome de luta. Em 2015 quero me firmar como top 10 no peso leve e chegar cada vez mais perto do título. Meu principal objetivo hoje é ser campeão do UFC.

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