Comprido e o trabalho com Brock: “Aposto meu emprego nele!”

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Comprido treina com Brock. Foto: divulgação

Na luta contra Shane Carwin, no UFC 116, ficou nítida a evolução de Brock Lesnar na luta de chão. Lesnar aplicou um justo katagatami para finalizar o oponente e permanecer como campeão de pesados da organização. Treinador do gigante, o faixa-preta da Brasa Rodrigo Comprido conversa com o GRACIEMAG.com sobre o famoso aluno. Confira:

O que achou de o Lesnar vencer usando o Jiu-Jitsu?

No MMA e impossível ser bem sucedido sem conhecer Jiu-Jitsu. O Brock já treina comigo há uns dois anos e tem evoluído bastante. Acho que isto ficou claro na luta contra o Mir. Nesta luta ele conseguiu a posição certa na hora certa, foi um movimento simples, mas que nós treinamos bastante, pois achávamos que a finalização poderia vir dali. Foi uma grande noite para todos nós, o Brock provou mais uma vez que é o melhor peso pesado do mundo. Foi uma grande noite para o Jiu-Jitsu e para a Brasa, afinal de contas eu e o Ratinho trabalhamos com os melhores pesos pesados do mundo (Ratinho ajudou nos treinos de Fabrício Werdum para Fedor) e eles venceram via finalização.

Li numa entrevista o Lesnar agradecer pelo seu trabalho. Como você se sente com esse reconhecimento?  

Quem não gosta de ter o trabalho reconhecido? Me senti ótimo, super feliz. Foi a recompensa por não ter lutado o Mundial, porque tive que optar pelo trabalho e não pude me preparar para competir. Recebi mensagens de parabéns de várias pessoas, mas me senti especialmente reconhecido por amigos como Murilo Bustamante, Pedro Rizzo, Demian Maia, Gabriel Napão, alguns dos maiores representantes do Brasil no MMA. Fora tantos outros amigos e familiares que não dá nem para citar a todos.

Rodrigo Comprido. Foto: divulgação

Acha que o Lesnar vai evoluir ainda muito no Jiu-Jitsu? Ele gosta de treinar chão?

Como já falei, o Brock é o sonho de qualquer treinador. Não reclama, está sempre atento ao que estamos ensinando e é um atleta nato. Tem força e velocidade fora do normal. O céu é o limite para ele, que vai continuar evoluindo por muito tempo. Ele é um grappler, então ele adora o treino no chão, gosta muito de treinar de uma forma geral. E o que vocês ainda não viram é como a guarda dele é agressiva. Muitos vão se surpreender.

Muita gente passou a desprezar o Jiu-Jitsu, dizendo que o público gosta do nocaute. O que acha disso?

Eu acho burrice, o público gosta de luta movimentada. Não existe nenhum esporte em que o público goste de apatia. O Jiu-Jitsu é a luta mais completa, mas precisa de complementos como  boxe e wrestling. Não acho que um boxeador deva se transformar num guardeiro, mas é importante conhecer outras artes marciais. Um bom exemplo da necessidade de ampliar o conhecimento é o último raund da luta entre o Demian e do Anderson Silva, em que o Demian, sem conseguir lutar Jiu-Jitsu, venceu o round boxeando.

O que acha do futuro oponente do Lesnar, o Cain Velasquez?

Velasquez é muito duro, rápido e técnico. Vai ser uma parada duríssima, hoje em dia não tem adversário fácil. O cara venceu o Minotauro, não tem como se credenciar mais que isso. Vai ser um grande confronto e quem viver verá. Mas aposto meu emprego no Brock! (risos)

Quem quiser entrar em contato, dou aulas diariamente na Flomma, aqui em Chicago (www.flomma.com), e estarei em agosto no Brasil para o nosso BBB camp ( www.compridobjj.com

Grande abraço!

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