Cara de Sapato destrincha estrangulamento no UFC e cutuca Chris Weidman

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Cara de Sapato venceu mais uma. Foto: UFC/Facebook

Cara de Sapato venceu mais uma. Foto: UFC/Facebook

Aos 25 anos, Antonio Carlos “Cara de Sapato” sacudiu a poeira e voltou a vencer com maestria no UFC Fight Night 70, realizado no último fim de semana, na Flórida.

Campeão do “TUF Brasil 3”, o faixa-preta de Jiu-Jitsu sufocou Eddie “Truck” Gordon no estrangulamento e chegou com tudo no peso médio, sua nova categoria.

Em papo com GRACIEMAG, a fera contou como fez para estrangular Gordon, falou dos treinos de wrestling na ATT e falou sobre o desejo de enfrentar um dia o campeão Chris Weidman, em especial após o americano fazer piada com os brasileiros. Confira!

GRACIEMAG: O que você fez para neutralizar a defesa de Eddie Gordon e estrangular?

CARA DE SAPATO: Na realidade, Eddie não era muito escorregadio, e sim, um cara forte. Ele estava se fechando muito bem no estrangulamento, mas tentei abri uma brecha conectando alguns socos, ali das costas mesmo. Teve uma hora que ele expôs o pescoço e consegui entrar o estrangulamento com um pouco mais de facilidade. Ele estava se defendendo muito bem mesmo. Com certeza, o adversário estudou meu jogo e sabia que eu trabalhava bem nas costas. Graças a Deus consegui a finalização, vencer é bom, finalizar é melhor ainda. Finalizar na tela da Globo voltando de uma derrota foi uma sensação incrível. Estou feliz com o resultado da luta e do meu comportamento no octógono. Amadureci bastante e vi o meu jogo evoluir. Estarei sempre melhorando para dar alegria ao meu time, estou realizando meus sonhos e darei alegria ao povo brasileiro.

Você deu mais ênfase aos treinos de wrestling ao se mudar para a ATT, na Flórida?

Para colocar meu Jiu-Jitsu em jogo na luta, preciso do wrestling. Eles se completam bastante. O wrestling vai abrindo espaço para as finalizações com “ground and pound”, que geralmente os wrestlers usam muito. E para trabalhar meu Jiu-Jitsu preciso colocar o adversário para baixo, então, o wrestling é importante. Treinei com caras duros e sabia que estava bem preparado, estava muito confiante nas quedas. Sem dúvida nenhuma foi importante para mim e vai continuar sendo. Vou continuar evoluindo na parte de quedas e nas outras áreas também.

Qual foi a principal mudança nessa descida de peso?

Agora me encontrei no peso médio, achei o peso certo. Todo mundo me dizia isso, mas eu tinha um pouco de restrição. Tive receio de descer de categoria e não me sentir bem. Fui acompanhado por excelentes profissionais, como meu preparador físico Everton Bittar Oliveira e Eduardo Poloni, que é meu médico e me ajudou bastante na perda de peso. Eles tornaram tudo mais fácil. Foi bem mais tranquilo do que eu imaginava, na realidade. Vim para ficar e agora é seguir lutando, já estou pensando na próxima luta. Estou só recuperando o corpo, comendo algumas besteirinhas [risos] e logo estou de volta aos treinos.

Já passou pela sua cabeça enfrentar o campeão, Chris Weidman?

Imagino-me sempre lutando contra o Chris Weidman, até porque soube que ele soltou algumas piadinhas contra os brasileiros, por já ter vencido o Anderson Silva, Lyoto Machida e Vitor Belfort. Ele disse que se jogasse futebol ganharia até do Pelé. Bom, ainda tenho um caminho longo a percorrer. Mas o sonho de todo lutador é chegar e ser campeão do UFC e comigo não é diferente, é isso que eu penso. Tenho minhas metas e no longo prazo a meta é lutar com quem quer que seja o campeão. Acho que o Chris vai estar nesse caminho, pois é um cara novo e muito bom, e está evoluindo sempre.

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