Calasans e o combate com o companheiro JT: “Não há vitória sem lutar”

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Claudio Calasans em combate contra JT Torres, também da Atos. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Claudio Calasans em combate contra JT Torres, também da Atos. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

O faixa-preta Claudio Calasans Jr voltou de Lisboa com mais uma medalha para pendurar no quarto. Após vencer duas lutas, Calasans deparou-se, na final, com JT Torres, também da Atos. Os dois astros surpreenderam e não quiseram saber de fechar a categoria médio. Em combate duro, Calasans venceu na decisão dos juízes após empatar em 2 a 2 nos pontos.

Em papo com GRACIEMAG, Calasans conversou sobre a conquista do terceiro título europeu, falou da luta e explicou sua ausência no absoluto. Entenda:

GRACIEMAG: Qual foi a melhor parte de mais este título europeu?

CLAUDIO CALASANS: Venci três lutas e ainda consegui finalizar a semifinal com uma mão-de-vaca pelas costas. Sempre tento corrigir os erros para evoluir mais. O objetivo era sair tricampeão e tive sucesso. Encaixei o meu jogo nos adversários, e também me achei melhor preparado fisicamente do que eles. Isso me anima, pois quer dizer que estou no caminho certo para outras conquistas. Realizei um camp de dez dias antes do torneio em Porto, na academia Workout com 80 pessoas inscritas. Isso me ajudou demais.

Como foi a decisão de lutar com o JT?

Na verdade, nem cogitamos a opção de não lutarmos. JT representa o mesmo time que eu, mas não participamos juntos de vários treinamentos. Devo ter treinado dois ou três dias junto com ele no mesmo treino. Porém tanto eu quanto ele somos profissionais e treinamos para ser campeão. Não existem dois campeões em um torneio. Venho de um princípio que não há vitória sem lutar.

E o que fez para vencê-lo?

A gente treinou poucas vezes mas conhece o estilo de luta um do outro. A luta foi parelha, logo no começo encaixei uma omoplata e dominei até a metade da luta, até conseguir uma raspagem, mas JT logo me raspou em seguida. Fiquei fazendo guarda 50/50 e nos últimos minutos ficamos tentando atacar o pé um do outro. Venci na decisão, após empatar em 2 a 2.

Normalmente você chega longe no absoluto. Por que optou em não lutar entre os grandões em Lisboa dessa vez?

Estava animado para lutar o absoluto, mas nos treinamentos para o ADCC tive uma lesão séria e todos falaram que eu não deveria lutar em Pequim. Mesmo assim lutei totalmente debilitado. Realmente não deveria ter me arriscado a me lesionar mais ainda. Dessa vez, apesar de querer muito lutar o absoluto, resolvi escutar as pessoas que me conhecem e não lutar. Foi difícil ficar fora, mas nas próximas estou de volta para lutar com os grandões, pode apostar.

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