Adriano Martins explica finalização premiada do UFC Goiânia

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Adriano faz pegada pro armlock, mas não arrisca e espera o momento certo de finalizar. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images

Adriano faz pegada pro armlock, mas não arrisca e espera o momento certo de finalizar. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC via Getty Images

Em uma noite não tão brilhante para os brasucas, Adriano Martins foi feliz e saiu vencedor do cage montado na Arena Goiânia, no dia 9 deste mês, no UFC Fight Night: Belfort x Henderson. Sendo agraciado com a vitória, pegando no braço e levando o bônus de finalização da noite sobre Daron Cruickshank, Adriano fez sua estreia em grande estilo.

Entre um mergulho e outro nas cachoeiras de Nova Friburgo, lugar que escolheu para relaxar após a vitória, Adriano bateu um papo com GRACIEMAG e falou da nula pressão da estreia no UFC, sobre a estratégia montada para o adversário, sobre o complicado golpe e sobre suas expectativas na organização. Confira!

GRACIEMAG: Como foi a pressão de finalmente estrear no Ultimate?

Adriano Martins: Eu passei por uma época muito difícil, de dúvidas sobre o UFC. Entra ou não entra, vou ou não vou. Eu ia lutar no UFC e a minha luta foi cancelada. Acabei fazendo minha estreia no Strikeforce. Então estava bastante confiante. Sabia que estava preparado para fazer minha estreia no Ultimate. Agarrei com unhas e dentes e saí com vitória por finalização e o bônus. Melhor não há!

Sua estreia no Strikeforce diminuiu a pressão de pisar no octógono? Foi melhor do que ir direto para o UFC?

Com certeza. O evento me deu essa tranquilidade porque eu lutei no último Strikeforce, ao lado de grandes lutadores. Tive uma visão melhor, como um prévia do UFC.

E a escolha de um oponente como o Cruickshank para a sua estreia?

Ficamos felizes com a escolha do adversário. Minha vida nunca foi fácil, só peguei casca-grossa aqui no Brasil. Quando deram esse nome pra minha estreia eu pesquisei sobre ele e vi que era um adversário duro, o que mostra que o UFC estava nos vendo com bons olhos. Mas estava confiante que essa era minha hora e o que eu queria mesmo era um desafio.

O que você tinha planejado como estratégia?

O plano era manter na curta distância, dominando o espaço no cage e partindo pra trocação no primeiro assalto. Se passasse do primeiro round já iriamos buscar mais o solo, derrubando e caindo por cima, mas acabou que foi pro chão no início mesmo e eu consegui aplicar aquela finalização, que eu faço bastante na academia.

Falando nisso, que finalização foi aquela, na palavra de quem aplicou?

Pra mim é uma americana. O pessoal falou que foi uma kimura, sei lá. Eu faço muito aquele golpe nos treinos, com eficiência, e deu certo na luta. Eu fiz a pegada da kimura e travei o ombro dele, deixando bem colado e justo. Ele estava tentando girar o braço, ai eu desci um pouco pra apertar mais o ombro e estiquei em direção ao cotovelo, como um armlock.

Qual outro golpe você tinha guardado na manga nessa luta?

Eu treinei muito todos os golpes. Treinei muito Jiu-Jitsu, então estava com opções. Na luta eu etá tive oportunidade de pegar no armlock, mas como já estávamos muito suados, não quis arriscar o golpe e ficar em posição desfavorável na luta, por baixo. Valorizei a posição de superioridade e esperei o momento certo para finalizar.

Depois de um 2013 cheio de conquistas, o que esperar do ano que vem?

Pretendo fazer três ou quatro lutas no ano que vem, pegando só os melhores. Não quero moleza. Vou continuar treinando duro para representar bem. Treino muito e sou muto competitivo, não gosto de perder em nada. Passei por muito sufoco mas batalhei no meu caminho e fui recompensado pelo esforço. Só tive felicidades este ano e vamos trabalhar duro para fazer do ano quem vem ainda melhor.

UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson
Goiânia Arena, Goiás
9 de novembro de 2013

Vitor Belfort nocauteou Dan Henderson a 1min17s do R1 (Nocaute da noite)
Cezar Mutante venceu Daniel Sarafian na decisão dividida dos jurados
Rafael Feijão venceu Igor Pokrajac por nocaute técnico aos 1min18s do R1
Brandon Thatch venceu Paulo Thiago por nocaute ténico aos 2min10s do R1
Ryan LaFlare venceu Santiago Ponzinibbio na decisão unânime dos jurados
Jeremy Stephens nocauteou Rony Jason aos 40s do R1

Card preliminar

Sam Sicilia venceu Godofredo Pepey por nocaute técnico a 1min42s do R1
Omari Akhmedov nocauteou Thiago Bodão aos 3min31s do R1 (Luta da noite)
Thiago Tavares finalizou Justin Salas no mata-leão aos 2min38s do R1
Adriano Martins finalizou Daron Cruickshank na chave de braço aos 2min29s do R2 (Finalização da noite)
Dustin Ortiz venceu José Maria “Sem Chance” por nocaute técnico aos 3min19s do R3

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