A arte de revelar campeões em projetos sociais, com Cezar Casquinha

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Cezar Casquinha, Leonardo Ligeirinho e Davi Ramos. Foto: Reprodução

O professor Cezar “Casquinha” Guimarães dedica-se à formação de campeões em projetos sociais há três décadas. O faixa vermelha e branca começou o trabalho com jovens moradores de comunidade na década de 1990 e fundou o Instituto Top Brother há 18 anos. “Nosso propósito é revelar vencedores dentro e fora dos tatames e mostrar que o Jiu-Jitsu transforma vidas”, contou Casquinha. 

Líder da Top Brother, Cezar Casquinha conversou com a equipe do GRACIEMAG.com e listou os principais atletas revelados no projeto social, além de reforçar a importância do Jiu-Jitsu para um jovem atleta se afastar do mau caminho e conquistar melhores condições de vida. 

GRACIEMAG: O que motivou você a começar o projeto social na Top Brother?

CEZAR CASQUINHA: Quando comecei a dar aula na rua Vilela Tavares, no bairro do Méier, muitas pessoas do complexo do Lins, que moravam perto da academia, queriam treinar e não tinham condições financeiras. Com isso, tomei a iniciativa de disponibilizar um  horário para atender esse pessoal gratuitamente. Foi assim que o projeto começou.

Quais foram os principais atletas formados no projeto?

Revelamos diversos campeões no projeto, como o Leonardo “Ligeirinho” Rodrigues, que atualmente é professor de Jiu-Jitsu no exército do Catar, e o lutador Davi Ramos, campeão do ADCC e ex-lutador do UFC. Também destaco os faixas-pretas Jean Santos e Luiz Fernando “Mexicano”, que vivem na China e são professores de Jiu-Jitsu. Atualmente, nosso grande destaque é o faixa-marrom Pedro Leonardo, que é multicampeão nas faixas coloridas e conquistou o ouro duplo no Europeu nos tempos de juvenil na faixa-azul.

Pedro Leonardo ao lado de Leonardo Ligeirinho, mestre Casquinha e Karlona Hipólito. Foto: Gabriel Almada/GRACIEMAG

Como o Jiu-Jitsu transforma a vida desses adolescentes?

Infelizmente, em certos casos, o garoto cresce numa comunidade e vê o traficante de drogas como um herói. Por meio do Jiu-Jitsu fazemos um trabalho para tirar isso da mente dele e mostramos que o esporte pode transformar vidas, como foi o caso de diversos campeões. Além disso, o Jiu-Jitsu abre portas para o atleta conhecer o mundo e conquistar uma vida melhor e muito mais saudável.

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou para seguir com o projeto?

Nós enfrentamos dificuldades diariamente, como a falta de verba e a possibilidade do aluno parar de treinar para entrar no mundo do crime. As adversidades são inúmeras, mas a vontade de ajudar, transformar vidas e formar cidadãos é ainda maior.

 

 

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