Elegia ao Caipira de Aço (ou: Por que o UFC é como a vida)

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Fabio Maldonado se desculpa pela derrota no TUF Foto Carlos Arthur

Maldonado lamenta resultado no UFC, diante da torcida no Ibirapuera em SP. Foto: Carlos Arthur Jr/GRACIEMAG

[ Por Mauro Ellovitch ]

O MMA é como a vida. Ele é feito de alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, sucessos, desilusões, amizades, traições, surpresas, ascensão, auge, decadência e queda. Aliás, a alma de todos os grandes esportes é a reprodução mais inofensiva das emoções da vida real.

No TUF Brasil 3 Finale, Fábio Maldonado, o “Caipira de Aço”, experimentou a faceta mais dura desta realidade. Em meros 35 segundos, o atleta conhecido por seu queixo de aço foi brutalmente nocauteado por Stipe Miocic. Um misto de surpresa, tristeza e decepção percorreu todo o ginásio do Ibirapuera, onde o evento foi realizado. Me cortou o coração ver Maldonado sair do octógono, cabisbaixo, com os olhos mareados. Ele caminhava entorpecido, como se desabasse uma impiedosa tempestade sobre sua cabeça.

Tudo que podia ter dado errado para nosso trágico protagonista aconteceu. Escalado às pressas para substituir o lesionado ex-campeão Junior “Cigano”, Maldonado não tinha sobre si a pressão da vitória. Poucos esperavam que fosse efetivamente vencer o número 7 do ranking da categoria de peso acima da que está acostumado a lutar, tendo apenas três semanas de preparação (embora torcessem para isso). A expectativa era a de que, devido ao histórico e à força de vontade do atleta sorocabano, o combate fosse um longo espetáculo de pancadaria. O que mais feriu o “Caipira de Aço” foi a efemeridade da luta. A rapidez da derrota parecia zombar de seu apelido.

Assim é a vida e assim é o esporte. Às vezes, as coisas dão errado, terrivelmente errado, mesmo para as melhores pessoas. Todos já passamos por esses poucos segundos nos quais o destino mostra que é muito mais poderoso do que qualquer plano que tracemos.

Cabe a nós e ao bravo “Caipira de Aço” absorvermos essa dura pancada e continuarmos seguindo em frente.

E você, o que aprendeu com a luta, amigo leitor de GRACIEMAG?

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