Tanquinho e a missão de desmembrar o esquadrão da Atos

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Tanquinho no duelo contra Gui Mendes. Foto: Luca Atalla.

Quando GRACIEMAG.com anunciou Augusto Tanquinho no peso 65kg do World Pro, os comentários no site passaram a pegar fogo, principalmente sobre a tarefa do lutador contra o exército da Atos na categoria com Eduardo Ramos, Ary Farias, Bruno Frazatto e os irmãos Rafael e Guilherme Mendes.

No primeiro dia de disputas com kimono, Tanquinho teve de passar por três desses representantes para se garantir na final.

“Eu fiquei bastante feliz nesse primeiro dia. Cai numa chave bastante difícil e sabia que teria que passar pelos atletas da Atos. Fiz de cada luta uma final, dei tudo de mim nos combates e valeu a pena. Enfrentei na primeira luta o excelente Ryan Hall e ganhei por 3×2, passei a guarda dele e ele me raspou. Em seguida, lutei contra o Ary Farias, que vinha embalado pelo titulo Europeu, e foi uma grande luta. Dei uma queda nele, depois ele me raspou e eu consegui devolver a raspagem para fechar o placar em 4×2 nos pontos. Nas quartas-de-final, reencontrei o Guilherme Mendes, que eu já havia vencido no Brasileiro por Equipes do ano passado, e dessa vez numa luta de seis minutos foi mais complicado. O placar foi 4×4 nos pontos e ganhei nas vantagens. Já a semifinal foi contra o Ed Ramos, também da Atos, que só tinha feito uma luta até então. Procurei não pensar nisso, fui lá e fiz meu trabalho. Ele foi desclassificado depois que acabou a luta, porque xingou o juiz. Mas o tempo já tinha acabado e eu já tinha vencido por 2×1 nas vantagens”, diz.

Agora Tanquinho tem confirmado o quarto confronto contra a Atos. Na final, encara Rafael Mendes, um dos principais destaques do Jiu-Jitsu atual.

“Respeito muito o Rafael, mas estou confiante que posso fazer uma boa luta contra ele. Muitas pessoas sabem que é muito difícil de ganhar de todos da Atos no mesmo dia e provei que todos são iguais quando entram no tatame. O Rafa é um grande campeão, mas quando a gente se encontrar, no sábado, vou dar o meu melhor para conseguir esse título. O Rafael dispensa apresentações, entra sempre confiante e está embalado, ele erra muito pouco nas lutas. Acho que será uma grande apresentação para o público!”

E a rivalidade parece que já tomou conta de Abu Dhabi, um ingrediente extra para a decisão.

“Quero falar mais umas coisas, o pessoal da Atos está falando aqui que eu só ganho na malandragem, que induzo o juiz a desclassificar os outros atletas, que o que estou fazendo não é certo… Acho que o pessoal precisa manter o respeito. Eu não falto com o respeito com ninguém e o que acontece no tatame fica no tatame. Eles estão esquecendo de todas as críticas que também recebem quando encaixam a guarda 50/50 e travam a luta. Eles reclamam que, quando me encaixam essa guarda, eu induzo o juiz a desclassificá-los. Não quero desclassificar ninguém, só quero abrir o laço, tanto que quando eles abrem a 50/50 eu passo a guarda. Não tenho relação com qualquer decisão de árbitros e se eles resolvem desclassificar ou não. Alguns atletas não sabem que tem que tirar a perna do lugar proibido, eu sei a regra e uso isso a meu favor. Só acho que ganhar todo mundo quer, mas entendo que saber perder e difícil para algumas pessoas. Eu sempre mantenho o respeito por todos os atletas e sempre estou a disposto a enfrentar qualquer um. Ganhando ou perdendo, só quero fazer uma boa exibição”, encerra.

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