Cain Velasquez: “Sentia que faltava algo no wrestling”

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Depois de vencer Rodrigo Minotauro no UFC 110, Cain Velasquez segue invicto no MMA, com oito triunfos. O próximo oponente, no dia 23 de outubro, na Califórnia, é o gigante Brock Lesnar, em luta que vale o cinturão de pesados. Fenômeno da luta olímpica americana, wrestler consagrado nas disputas universitárias, este lutador de ascendência mexicana simplesmente abriu mão de representar seu país na maior festa do esporte mundial, as Olimpíadas. O motivo? Ser feliz no MMA.

Velasquez contra Minotauro. Foto: Josh Hedges.

Nosso correspondente Nalty Jr conversou com a fera em entrevista dos nossos arquivos da NOCAUTE. Confira, a seguir, um pouco desse bate-papo e conheça mais sobre Cain Velasquez:

Há quanto tempo você treina MMA e qual sua faixa no Jiu-Jitsu?

Faz três anos que comecei no MMA. Iniciei-me no Jiu-Jitsu ao mesmo tempo em que comecei a treinar MMA, atualmente sou faixa-roxa. Treino muito mais sem kimono do que com o kimono, mas quando estou de kimono sou faixa-roxa.

Depois que aprendi Jiu-Jitsu meu wrestling melhorou” Cain Velasquez

Sua base é o wrestling. Você sentiu muita diferença quando começou a aprender Jiu-Jitsu?

Não senti muita diferença entre Jiu-Jitsu e wrestling, mas depois que aprendi Jiu-Jitsu meu wrestling melhorou consideravelmente. Tenho mais controle das posições. Eu acho que a mistura de wrestling com Jiu-Jitsu é muito boa.

Como surgiu a oportunidade de lutar no UFC?

Eu tinha duas lutas no currículo e queria lutar em outros shows antes de ir para o UFC, para ganhar alguma experiência. Mas estava muito difícil conseguir lutar por outras organizações, então meu empresário disse: ‘estamos sem lutar por muito tempo, não dá mais para esperar. Está na hora de ligar para o UFC’.  Ele ligou, fez uma proposta para o Dana White e nos fomos para Vegas. Levamos dois lutadores e o Dana me assistiu em pé com estes dois lutadores e a lutar Jiu-Jitsu com outros dois atletas do peso pesado. Ele gostou do que viu e disse que eu estava entrando para o UFC.

Você foi campeão de wrestling nos EUA. Chegou a cultivar o sonho de disputar uma Olimpíada?

Quando eu estava na faculdade, este era um dos meus objetivos. Mas quando eu fazia só wrestling eu sentia que tinha algo faltando. Então descobri que o que faltava era dar socos. Queria fazer boxe e kickboxing, ir para a trocação. Por isso, ao invés de traçar o objetivo de ir para as Olimpíadas, preferi seguir a carreira no MMA.

Foto: Josh Hedges

Sua base é o wrestling, mas quase todas as lutas você ganhou por nocaute (foram sete em oito). Fica surpreso com isso?

Não. Pratico MMA há três anos e treinei muito meu jogo em pé. Sempre uso muito wrestling nas lutas, mesmo procurando por um nocaute. Uso meu wrestling para colocar pra baixo e ir para o ground and pound. Mesmo sendo um wrestler, treinei pesado para ser o melhor que posso no MMA.

Como lida com a pressão de estar invicto?

Não sinto pressão. Só tenho consciência que tenho que continuar treinando pesado na academia. Não ligo para o que outras pessoas falam. Não posso dar ouvido a elas. O que tenho que fazer é estar bem treinado e pronto para derrotar meu adversário.

O que você pode dizer sobre o seu plano de jogo, sua estratégia para as suas lutas?

Tenho uma estratégia para cada luta, depende de quem será o meu adversário. Antes de cada luta, me junto com os técnicos para assistir às lutas do meu futuro adversário e a gente conversa para chegar a uma conclusão de qual é a melhor estratégia para vencer esse lutador. E, baseado nessa estratégia, a gente treina por meses para vencer esse cara.

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