O ex-garçom não quer mais saber de rodízio no UFC

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Junior dos Santos, o Cigano, vibra ao tirar o cinturão de Cain Velasquez. Ele quer ficar com a peça por um bom tempo. Foto: UFC.

Campeão dos pesos pesados do UFC e agora amigo de Galvão Bueno, que o entrevistou ontem no “Bem, Amigos” do Sportv, Junior Cigano está vivendo dias mágicos em seu retorno ao Brasil.

Tirando a dorzinha no menisco, e a dúvida se opera ou não o joelho, o lutador que ganhava a vida como garçom, quando começou a treinar boxe, segue colhendo os louros da vitória, mas sem esquecer sua próxima missão: não deixar o cinto escorregar de sua cintura.

A categoria peso pesado é, disparada, a divisão com o maior rodízio de campeões no UFC. Foram 16 campeões, numa dança das cadeiras que já consagrou Mark Coleman, Bas Rutten, Randy Couture, Tim Sylvia, Frank Mir, Rodrigo Minotauro, Brock Lesnar e Cain Velasquez.

“Só vou defender meu título quando estiver bem. O UFC é muito parceiro quanto a lesões. Dana White (presidente do UFC) até queria que eu ficasse nos Estados Unidos para me tratar, mas eu disse que queria voltar e resolver aqui mesmo. Vou voltar apenas quando estiver 100%”, disse Cigano ontem, durante coletiva de imprensa do patrocionador, em São Paulo.

Para seu treinador, Luiz Dórea, o rodízio na divisão dos pesados é justificável:

“Além do alto nível dos lutadores, há a contundência dos golpes. Quando um soco entra a luta praticamente acaba, ou o cara fica grogue. Mas o Cigano quer acabar com isso e manter o cinturão por um bom tempo. Ele é novo ainda, é um atleta em formação e que melhora todo dia. E tem uma característica essencial para interromper esse rodízio: a humildade. Como eu digo, não pode existir o ápice na carreira de um lutador. Ele não pode pensar que chegou lá, tem que buscar a evolução diariamente. E o Cigano é assim”, explica Dórea, por telefone, de São Paulo, antes de retornar para a Bahia e depois partir para Belém do Pará, onde deve ajudar a afiar a mão de Lyoto Machida.

Sobre a pancada que deu o título a Cigano, Dórea fala com tranquilidade.

“Realmente, é um soco difícil para quem é leigo, a mão quebra. Mas não para o Cigano, que treina há muito tempo e lapida esse tipo de cruzado todo dia na nossa academia. Ele treina boxe de segunda a sábado, o treino dele sempre começa ou termina com o boxe. Tanto que a mão dele pegou na cabeça do mexicano e ficou numa boa, inteirinha”, disse Dórea.

Ontem, ainda, Chael Sonnen aceitou o desafio de Anderson Silva para lutar no Brasil. Como Anderson ainda se recupera de dores no ombro e não está treinando forte, a luta deve ser depois de janeiro, provavelmente em junho, na final do TUF Brasil.

Se a disputa do título dos médios for no Morumbi, estádio do São Paulo FC, conforme especulado, o espetáculo para os fãs paulistas está armado: Anderson vai entrar de camisa do Corinthians e Chael Sonnen confirmou que vai aparecer vestido de Palmeiras, só para provocar. A diretoria do Palmeiras já enviou a Sonnen um kit com camisa e material sobre a história do clube.

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