Langhi, os “demônios” e o ouro mundial após o jejum: “Já estava incomodando”

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Langhi comemora após vencer JT. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Langhi comemora após vencer JT. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Bicampeão mundial de Jiu-Jitsu em 2009 e 2010, o mestre da guarda-aranha Michael Langhi tardou, mas não falhou. No último domingo, 31 de maio, o astro da Alliance recuperou seu trono no peso leve, ao se tornar tricampeão no Mundial da IBJJF, na Pirâmide de Long Beach, na Califórnia.

Após vencer Aj Sousa (ATT), Samuel Hertzog (UAE Team) e JT Torres (Atos), Langhi comentou a sensação de ser tri na faixa-preta.

“A sensação foi incrível, graças a Deus deu tudo certo. Eu precisava demais dessa vitória. Lutei realmente para ser campeão, para não errar e estar na frente da luta o tempo todo. A semifinal foi pedreira, o JT é muito duro e não se pode errar com ele, então me mantive na frente do placar a luta toda, e deu certo”, detalhou ele, que venceu JT por uma vantagem, após empate em 2 a 2, com uma raspagem para cada. Na final, ficou com o título ao fechar sem luta com Lucas Lepri.

E sobre os cinco anos sem o ouro mais importante do esporte? Será que o jejum incomodava até o experiente e consagrado Langhi?

“Sim, incomodava”, confirmou ele. “Eu me tornei bicampeão mundial e ainda fiquei três anos invicto na faixa-preta. Perdi a invencibilidade, mas continuei conquistando todos os títulos importantes novamente, como o Pan, o Brasileiro e o Europeu, alguns deles mais de uma vez. Faltava recuperar o título no Mundial. Tive alguns contratempos, problemas pessoais, cirurgias, então acho que essa vitória veio em um excelente momento. Hoje me torno verdadeiramente um campeão, pois dei a volta por cima e voltei ao topo. Nessas fases turbulentas tive de enfrentar meus demônios, ter uma luta interna comigo mesmo, e cheguei ao topo novamente”.

Langhi, agora vai tirar umas férias dos campeonatos, já que o ADCC 2015 em São Paulo já convidou Lepri, seu colega de equipe.

“Agora é descansar pra voltar e continuar a melhorar e evoluir, já pensando nos próximos objetivos. Queria agradecer demais a Deus, toda glória ao Senhor, ao Cobrinha e ao Fabio Gurgel, meus amigos de treino que me ajudam diariamente, minha esposa que vive meus sacrifícios também e me ajuda demais. E ao Lucas Lepri por todos estes anos de parceria de sucesso, e é claro, minha família, a base de tudo que sou perto ou longe do tatame. Meu pai foi me ver lutar e me apoiar, ele é meu fã número 1 e o meu herói. E meu exemplo, a minha mãe que ficou em casa mas estava comigo em espírito, senti a energia dela a todo o tempo nas lutas”, concluiu o tricampeão.

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