Marcio André e os sonhos como faixa-preta de Jiu-Jitsu: “Nada é impossível”

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Marcinho com a faixa-preta, no Mundial 2014. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Marcinho com a faixa-preta, no Mundial 2014. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

No último fim de semana, em Long Beach, na Califórnia, o magrinho Marcinho André encerrou seu ciclo na faixa-marrom, com o título mundial de Jiu-Jitsu. No torneio da IBJJF, o atleta da Nova União venceu sete combates no peso-pena e foi condecorado com a faixa-preta no pódio, por seu professor Fábio Andrade.

Na final, Marcinho superou a pedreira Isaac Doederlein (Alliance) por seis vantagens, depois de empate em 2 a 2 nos pontos. Em conversa com GRACIEMAG, o novo faixa-preta falou da campanha no Mundial, analisou a final com o aluno de Rubens Cobrinha e comentou sobre os novos desafios na carreira.

GRACIEMAG: Qual foi o seu momento mais complicado nesse último Mundial de Jiu-Jitsu?

MARCIO ANDRÉ: Foi mesmo na final, quando eu já estava bem cansado e meu joelho já doía muito por conta de uma lesão de menisco que eu sofri cerca de um mês antes. Foi complicado, pois eu estava perdendo por dois pontos. Empatei a luta com as punições que meu adversário tomou e fiz seis vantagens tentando passar a guarda. Dessa vez meu trunfo não foi a minha guarda ou o meu jogo de passagem, eu só tive muita vontade de vencer – e essa expressão define o que eu mostrei na Pirâmide em Long Beach.

Como você lidou com a boa guarda do Isaac Doederlein (Alliance), na final faixa-marrom peso-pena?

O Isaac tem realmente uma guarda muito boa e bons ataques de costas, e a luta ficou bem dura. No início, ele me raspou e tentei raspar de volta, mas fomos para fora e a luta voltou em pé – só ganhei uma vantagem. Isaac me puxou para a guarda e, como eu estava atrás no placar, precisei brigar muito para passar a guarda dele. Foi quando cheguei a seis vantagens, mas ele ainda estava na frente e parou de atacar. Com isso, o árbitro o puniu três vezes e ganhei dois pontos, que me deram a vitória. E ainda recebi a faixa-preta do meu professor Fábio Andrade no fim. Fiquei bastante emocionado.

E como você pretende encarar esta nova fase, como faixa-preta? 

Eu consegui vencer todos os Mundiais nas faixas de base – um na azul, dois na roxa e um na marrom. Aprendi bastante em todas as faixas e ainda tenho muito o que aprender nessa nova etapa da minha vida. Mas uma coisa sempre carrego comigo: nada é impossível, e ninguém é invencível. Vou buscar ser campeão em qualquer campeonato que entrar, com o pensamento de que todos que estiverem na categoria são iguais a mim. Admiro muita gente na faixa-preta, atletas que sei que ainda vou enfrentar. Mas certamente vou chegar com vontade de ganhar deles e ser o melhor do mundo! Estou com muita vontade de debutar logo com minha faixa nova.

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