Comendo pelas beiradas com Cain Velasquez

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Velasquez na vitória contra Minotauro. Foto: Josh Hedges

Cain Velasquez chocou o mundo na última apresentação, no UFC 110, com um nocaute sobre Rodrigo Minotauro, um dos maiores pesos pesados na história da modalidade. Pessoa de costumes simples, que evita os holofotes da fama, o lutador chegou de mansinho e hoje é um dos principais pesos pesados da organização. O descendente de mexicanos conversou recentemente com o nosso correspondente Nalty Jr, em entrevista publicada na revista NOCAUTE. GRACIEMAG.com traz os melhores momentos desse bate-papo.   

Treina MMA há quanto tempo? 

Faz três anos que comecei. 

Como surgiu a oportunidade de lutar no UFC? 

Tinha apenas duas lutas e queria lutar em outros shows antes do UFC. Mas estava difícil e meu empresário disse: ‘Não dá mais para esperar, está na Hora de lutar no UFC.’ Ele ligou, fez uma proposta ao dana White e fomos a Las Vegas. Dana me assistiu lutar em pé com dois lutadores e depois no chão com outros dois. Ele gostou e disse que era atleta do UFC. 

Quais lutadores são exemplo para você?  

Gosto muito de assistir às lutas do Fedor. Acho que, até agora, ele é o melhor lutador de MMA. Me inspiro no jeito que ele luta. Mas também me inspiro nos meus técnicos. Eles sempre me mostram o que fazer e como fazer. Mas o Fedor tem muitas vitórias, com boas performances, e por isso as pessoas querem ver ele lutar. 

Você é um wrestler, mas venceu muitas lutas por nocaute… 

Treinei muito o meu jogo em pé. Mas sempre uso o wrestling, mesmo procurando o nocaute. Gosto de derrubar e ir para o ground and pound. 

Existe pressão por ser invicto? 

Não sinto isso. Só tenho consciência que devo continuar treinando pesado. Não ligo para o que as outras pessoas falam. O que tenho que fazer é estar preparado para derrotar os adversários. 

Seu pai tem muita importância para você, correto? 

Ele é meu ídolo. Meu pai trabalhou pesado para dar tudo à minha família. Cruzou a fronteira dos Estados Unidos e foi deportado sete vezes. É um exemplo. Meu pai é um guerreiro. 

Como analisa a categoria de pesados do UFC? 

A categoria agora está dura. O UFC sempre traz novos lutadores. Vai ficar cada vez mais difícil. 

Como encara a atenção da mídia? 

Com certeza, isso está acontecendo muito mais agora, mas não ligo para isso. Estou num esporte e tenho que me concentrar nos treinos para ir bem nas lutas. Gosto mais de ficar quieto na minha e focado nos treinamentos. 

O que sabe sobre o Brasil, terra do Rodrigo Minotauro? 

Só o que me falam. Dizem que é um país muito bonito, que a comida é muito boa e que tem muitos treinos bons. 

O que diz aos lutadores que estão começando a trajetória no MMA? 

A primeira coisa é achar uma boa academia, com todos os tipos de treino para MMA e uma boa equipe. Muita dedicação e vontade. Não é fácil. Tem que ter disciplina e treinar pesado todos os dias. A escola também é importante. Comecei a fazer wrestling na faculdade. Não é só treinar. É preciso também acabar os estudos para ser um lutador e uma pessoa melhor.

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