Aldo, Cigano, Machida e Gurgel roubam a cena em salão esportivo

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Havia feras de todas as modalidades, e até o dito homem mais forte do mundo estava por lá, rasgando listas telefônicas com as mãos. Mas para quem gosta de técnica, os astros do salão de esportes Brazil Sports Show, realizado na Bienal do Ibirapuera, foram mesmos os lutadores de Jiu-Jitsu e MMA.

Presente na feira, o peso pesado Júnior Cigano falou no domingo sobre a sua expectativa para a luta contra o norte-americano Cain Velasquez, que valerá o cinturão do UFC na categoria dos pesos pesados. O brasileiro classificou o confronto como “maior desafio de minha carreira”.

Cigano e Velásquez vão se enfrentar na luta principal do UFC 139, no dia 19 de novembro, em San José, na Califórnia, terra onde o americano treina.

“A luta contra o Cain já está confirmada. Minha expectativa é grande. Vai ser o maior desafio da minha carreira, sem dúvida. Vou ter a torcida toda contra mim, mas os brasileiros podem ter certeza de que vou fazer o meu melhor trabalho dentro do octagon para fazer esse cinturão se tornar brasileiro”, disse Cigano, mostrando o valor que dá para o confronto.

O lutador esteve no Brazil Sports Show para fazer um workshop com fãs e praticantes do MMA, em que passou lições e dicas sobre conteúdo técnico, demonstrações e instruções de treino e preparação. “Foi maneiríssimo. Adorei fazer esse workshop, eu gosto muito desse contato com os fãs, e isso é bom para difundir ainda mais o MMA e o esporte no país. É uma idéia muito elogiável e todos saem ganhando”, comentou.

Além de Cigano, outros ídolos do MMA ofereceram workshops na Bienal – atraindo centenas de alunos. No sábado (13), foi a vez de José Aldo, campeão do UFC na categoria peso pena e apontado como o melhor lutador do ano passado, e Lyoto Machida, detentor do cinturão do UFC nos meio-pesados entre 2009 e 2010.

José Aldo mostra sua guarda, em foto de Ivan Padovani.

Ambos também participaram de uma mesa redonda no palco central do evento, ao lado de Fabio Gurgel, professor e um dos mais respeitados nomes da história do jiu-jitsu; e Jorge Guimarães, conhecido como “Joinha”, empresário responsável por agenciar as carreiras de grandes nomes do esporte, como os próprios Aldo e Lyoto, além de Anderson Silva e os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro.

Durante cerca de uma hora, os participantes conversaram sobre a realização do UFC Rio, que vai acontecer daqui a duas semanas, lutas passadas e que estão para acontecer, fatos recentes do MMA e algumas curiosidades sobre esporte, além de responder perguntas do público presente.

“Eu achei o evento ótimo. Tive essa oportunidade de fazer um workshop de MMA e gostei muito da interatividade que tive tanto com os alunos durante a clínica como com os fãs em todo o salão. Foi muito bom. Eventos como o Brazil Sports Show são importantes para ajudar os esportes e todos que vivem disso”, afirmou Aldo.

“Este foi um trabalho maravilhoso da organização e tivemos um excepcional feedback. Foi muito importante notar que todas as pessoas estavam profundamente interessadas, e isso é o mais bacana neste tipo de evento. O importante é que com a transmissão do MMA pela televisão no Brasil estamos popularizando o esporte e principalmente atraindo os patrocinadores, que estão abrindo os olhos para este novo filão”, declarou Machida.

Além dos lutadores, estiveram pelo salão atletas como o goleiro Julio Cesar, do Corinthians, o nadador Felipe França, campeão mundial dos 50 metros peito, e as gêmeas Bia e Branca Feres, do nado sincronizado. “Sempre quando vou para China, EUA, Europa, o pessoal fala da evolução do esporte brasileiro. Estamos crescendo muito a cada momento, e fazer um salão assim ajuda a mostrar isso ainda mais”, comentou o nadador Felipe.

“O Brasil tem evoluído muito em sua mentalidade. Antigamente, focava-se muito no futebol. Agora, o pessoal está prestando mais atenção às outras modalidades. Ter essa variedade de esportes é bom para formar um Brasil mais forte no campo esportivo”, disse o goleiro. “Eu só estou agora jogando futebol porque alguém me apoiou e me ajudou. E olha que eu só precisava de uma luva e de uma chuteira. Imagine para outros esportes, que precisam de muita coisa, de equipamentos mais caros”, concluiu.

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