4 perguntas para a campeã absoluta Nathiely de Jesus

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Nathiely em foto de Thiago Biju

A faixa-preta Nathiely de Jesus, cinco vezes campeã mundial, vive uma nova fase em sua vida. Com metas pessoais que não envolvem medalhas de ouro, a moça está feliz por comandar sua primeira escola de Jiu-Jitsu em Boerne, no Texas.

A atual campeã mundial absoluta conta, nesta entrevista exclusiva para GRACIEMAG, o que pretende para o futuro, revela o segredo de treinar em alto nível e a vontade de fazer mais superlutas de Jiu-Jitsu em 2020.

GRACIEMAG: Depois de cinco títulos mundiais, o que você almeja agora?

Nathiely de Jesus: Para ser sincera, eu estou feliz e realizada com todas as minhas conquistas pessoais. Conquistei os melhores torneios que um atleta pode ter como, por exemplo, Europeu, Pan, Brasileiro e Mundial da IBJJF. A minha ambição não está tão centrada em ser a melhor ou ser campeã mais uma vez. Agora, com a abertura da minha nova academia, eu quero fazer com que meus alunos acreditem em si próprios. Quero ajudá-los a realizar sonhos e que eles sejam, principalmente, pessoas boas e de carácter fora do tatame da nossa escola.

Então veremos a Nathiely poucas vezes em competições em 2020?

Bem provável que não, porque eu amo competir no Jiu-Jitsu. O foco mudou, vou cuidar mais dos meus negócios e isso não significa que vou diminuir meu ritmo de treinos. Jesus é a minha motivação para tudo e sempre que estou lutando consigo carregar sua mensagem para milhares de pessoas presentes no ginásio ou que estejam vendo ao vivo pela internet. Meu esposo também me motiva bastante e quero ajudá-lo para que ele conquiste seus sonhos também. Aqui, na nossa escola, temos uma relação de sempre querer ver o outro bem também. Que todo mundo cresça e seja feliz. Somos uma família! Essa nova fase de conciliar a vida de atleta com a de professora está sendo muito boa para mim, em todos os sentidos.

Você treinou mais vezes com homens do que mulheres. Na sua visão, até que ponto isso foi favorável para sua evolução como atleta de Jiu-Jitsu?

Treinar só com os meninos foi parte importantíssima da minha evolução, porque, ao invés de tentar fazer força, eu priorizava a técnica. Por conta disso, minhas posições foram ficando melhores e eu me sentia confiante para qualquer situação. Eu ia para o campeonato sabendo que nada poderia ser mais duro ou complicado do que meu treino na academia. Nunca teve essa questão de aliviar por eu ser mulher, era como se eles tivessem treinando com outro homem. Para ser sincera, meu diferencial nunca foi o físico, mas sim, o espiritual, porque a minha vitória vem de Jesus, é Ele que me dá forças. A minha parte mental é forte por causa do Deus que eu tenho. Claro, também cuido da minha alimentação e treino Jiu-Jitsu todos os dias. Não tem mistério, é treinar e acreditar que você pode tudo.

Com a expansão das superlutas de Jiu-Jitsu, você tem vontade de enfrentar alguma atleta em específico?

Não, porque acho que já lutei com quase todas as meninas da faixa-preta. Se tiver algum evento com interesse no meu Jiu-Jitsu, estou sempre pronta para disputar com qualquer menina. É só me mandar o contrato (risos).

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