Pan 2013: Bia Mesquita comenta final de absoluto atribulada com Gabi

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Beatriz Mesquita em ação no Pan 2013. Foto: Erin Herle/GRACIEMAG

A cidade de Irvine, na Califórnia, recebeu no fim de março a 18ª edição do Pan da IBJJF. O ginásio do Bren Event Center foi o palco para a exibição dos faixas-pretas e seu refinado Jiu-Jitsu.

Na divisão feminina, a peso leve Beatriz Mesquita (Gracie Humaitá) foi um dos destaques da competição. A aluna de Letícia Ribeiro ficou com a medalha de prata no peso, ao fechar com a amiga Ana Carol Vidal Lebre, e com o vice no absoluto, após batalha contra a campeã Gabi Garcia.

Em papo com GracieMag, Bia rebateu as acusações feitas por Gabi Garcia, analisou a final do aberto e falou sobre o fechamento da categoria. Confira.

GracieMag: Qual foi o saldo após o Pan 2013?

BEATRIZ MESQUITA: Gostei da minha atuação, eu fechei o peso com minha amiga de equipe Carol Vidal. E fico sempre orgulhosa de chegar a uma final do absoluto, sendo peso leve. Fiz boas lutas, joguei certinho, cometi menos erros e venci minhas oponentes até a final.

Como foi a final de absoluto com a Gabi Garcia?

É sempre uma luta difícil, ela é no mínimo o dobro do meu tamanho. A Gabi vem ganhando todos os absolutos, mas eu entro sempre confiante no meu jogo e bem determinada. Acho que vem dando certo, pois apesar de eu não ter saído com a vitória, sou uma das que vem lutando melhor com ela, tenho lutado os dez minutos bem, sem ser finalizada. Ela passou minha guarda, e depois eu consegui repor. Resultado de muito treino de saída de quadril, a melhor maneira de repor a guarda. São habilidades sobrenaturais (risos).

A Gabi disse aqui em GracieMag que você a provocou no decorrer da luta. O que houve?

Olha, eu não fiz nada que pudesse provocá-la nem tirar a concentração dela. Lutei para fazer uma boa exibição, e tentando não me machucar mesmo com um soco e uma cotovelada que ela me deu, talvez achando que faria diferença. Meu espírito de guerreira não permitiu que eu me abalasse, mesmo com a boca sangrando, e sobrevivendo embaixo de tanto peso. Mas absoluto é isso, estou sempre preparada para o pior. Eu realmente não entendi, e gostaria de saber: o que será que eu fiz? Não sei mesmo. Acho que o problema dela foi não conseguir me finalizar… No fim da luta o árbitro nos conduziu aos cumprimentos e eu fui cordial e educada, enquanto ela virou as costas e ficou falando besteira. Atitudes imaturas são completamente desprezíveis ao meu ver.

Em Abu Dhabi vocês podem lutar novamente no absoluto. O que você planeja fazer diferente?

Os treinos continuam, e estudar os adversários e corrigir os erros faz parte disso. Mas o que vier de diferente vocês vão ver na nossa próxima luta (risos). Aprendi nesse Pan que nem sempre o importante é vencer. Tem vezes que apenas o carinho e o respeito de pessoas que você nem conhecia vindo dar parabéns compensam tudo. Isso realmente não tem preço.

E o fechamento com a Carol, como foi essa decisão?

Somos uma equipe, eu não tomo decisões sozinha. Em 2011, a Carol e eu fechamos o Pan e ela me deu a vitória. Foi inclusive quando ganhei minha faixa-preta. Agora foi minha vez de passar para ela. No Mundial já decidimos que cada uma vai na sua categoria, a Carol no pena e eu no leve, para defender o título que conquistei ano passado.

Você não garantiu a vaga na seletiva mas resolveu viajar para Abu Dhabi. Pronta?

Vou mais agressiva e finalizadora, esses sãos meus planos. Eu entro no tatame em busca da finalização que é o objetivo principal, mas claro que na faixa preta é um nível muito alto e nem sempre conseguimos pegar. Infelizmente não venci na seletiva de Manaus, mas como é um campeonato importante e profissional, decidi ir por conta própria.

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