Houston Open: rei dos marrons ensina estrangulamento que o consagrou

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Kaue Damasceno (de kimono preto) foi o dono da marrom no Houston Open. Foto: Mike Calimbas/Divulgação

Kaue Damasceno (de kimono preto) foi o dono da marrom no Houston Open. Foto: Mike Calimbas/Divulgação

No último fim de semana ocorreu o Houston Open, mais um torneio com selo de qualidade da IBJJF, no estado do Texas. O destaque na faixa-marrom foi o jovem Kaue Damasceno (Nova União), aluno do professor Fábio Andrade, que voltou com as duas medalhas douradas. A fera de Bangu, no Rio de Janeiro, venceu a categoria superpesado e o absoluto.

Em bate-papo com o GRACIEMAG.com, Kaue, que hoje treina na Nova União Texas, detalhou suas finalizações na meia-guarda, falou sobre superação e, com humildade, avaliou: “Acho que estou no caminho certo”.

GRACIEMAG: Como você avalia sua atuação no Houston Open e a vitória na final do absoluto?

KAUE DAMASCENO: Acho que estou no caminho certo. Gostei do meu desempenho, lutei bem e consegui bons resultados. Estou trabalhando muito duro para isso tudo que está acontecendo, mas ainda é só o início do ano. Tem muito mais para vir. Na final do aberto, entrei para lutar com a atenção redobrada, porque eu sabia que o Samuel Seth (Alliance) é muito bom. Estava olhando as lutas dele, e o cara está de parabéns! Faz tudo certo, erra pouco, é muito difícil lutar com um oponente assim. Mas com a ajuda do meu treinador aqui no Texas, Bruno Bastos, e o irmão dele, Rico, consegui sair com a vitória. Fiz 9 a 0.

Sua arma tem sido o estrangulamento por cima, na meia-guarda. Alguma dica para executar bem a posição?

Bom, quando eu passo a guarda eu já entrego a lapela para minha mão por baixo da cabeça do oponente. Aí ela serve tanto para me ajudar a continuar a pressão, e não deixar meu oponente repor a guarda, como para finalizar se o cara não levar fé. O movimento para estrangular é simples: com uma das mãos eu entrego a lapela para a outra mão, cruzando. Assim dou início ao estrangulamento que gosto muito de fazer, e que tem dado certo.

Outro trunfo seu é a base sólida por cima, ao tentar passar… Como podemos treinar para não sermos raspado com facilidade?

É até engraçado falar nisso, mas eu sempre fui gordinho e só treinava com caras bom de guarda como, por exemplo, o Marcio André. Para eu sobreviver num treino com ele e outros guardeiros da Nova União, eu aprendi a ter uma base boa. Não teve mistério, adquiri essa segurança por cima com muito treino, no dia a dia mesmo. Treinei muita passagem e fiz exercícios de base. No treino com Fábio Andrade não tem para onde correr, ele é um dos maiores guardeiros que já vi, essa coisa de guarda está no sangue da Nova União. Mesmo assim, eu e meu irmão Paulo Henrique já mostramos que sabemos fazer guarda muito bem e nos sentimos muito bem no chão, apesar de termos essa boa base por cima.

Qual foi a lição que você tirou desse torneio?

Bom, como meu paizão Fábio Andrade diz, chegar ao topo é mole, o difícil é manter, mas estou treinando muito para isso. Quero que 2013 seja um ano muito especial para mim, já no começo do ano coisas boas aconteceram na minha vida. Estou realizando um sonho que é ir para Abu Dhabi lutar entre os melhores. Acho que o meu diferencial foi ter nascido e criado em comunidade e ter conhecido o Fábio Andrade. Ainda tem muita coisa para acertarmos no meu jogo para que eu melhore a cada dia. Estou treinando duro para isso, e aproveitando esta chance que o Bruno Bastos me deu, de ficar apenas treinando e treinando aqui nos EUA. Meu ritmo de treinos está frenético. Agarrei com unhas e dentes e espero retribuir tudo isso com mais vitórias no Jiu-Jitsu.

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