Arona e o UFC: “Espero não precisar lutar com Minotouro”

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Arona na luta contra Marvin Eastman, quando machucou o joelho. Foto: Carlos Ozório

Depois de dois anos afastado dos ringues, Ricardo Arona voltou a ação no Bitetti Combat 4, no Maracanãzinho, em setembro de 2009. Entretanto, no combate contra Marvin Eastman, o faixa-preta de Jiu-Jitsu acabou contundindo o joelho e teve que se submeter a uma cirurgia. Durante uma sessão de fisioterapia, Arona conversou com o GRACIEMAG.com. Além de falar da recuperação, comentou as chances de lutar no Ultimate Fighting Championship.

Como está a conversa entre você e o UFC?

O que aconteceu é que surgiu uma oportunidade e, quando eu voltar a lutar, no fim do ano, depois de recuperar o meu joelho, de repente volto no Ultimate. Mas é apenas uma probabilidade, uma oportunidade que apareceu e ainda não há nada concreto.

Este é o seu maior desejo? Vai batalhar por isso?

O meu objetivo é lutar no UFC. Conversei com alguns empresários, pessoas que tenho contato, e poderia realmente aparecer essa oportunidade no final do ano. Por enquanto não é concreto. É apenas uma conversa que pode ser viabilizada. Uma oportunidade.

Rogério Minotouro é seu amigo e luta na mesma categoria que você se apresentará (meio-pesado), caso assine com o Ultimate. Isso pode atrapalhar?

O Rogério já esteve comigo na mesma categoria, no Pride, e quase lutamos no GP. O ideal é que essa luta realmente não aconteça, um combate entre amigos que treinam juntos. Ninguém quer ver isso, nem eu. Mas, se tudo der certo, o que é o meu plano para o final do ano, espero entrar no UFC e não lutar contra o Rogério. Ele é meu amigo e, contra ele, certamente não quero lutar.

Arona em demonstração com Minoto na Polícia Federal. Os dois não se enfrentariam no UFC. Foto: Carlos Ozório

Falam que a categoria mais disputada do mundo é a de meio-pesados, principalmente no UFC. Ser campeão dela é o mesmo que ser o melhor do mundo?

Hoje em dia é muito difícil dizer quem é o melhor do mundo, até porque nem sempre o melhor ganha. É muito difícil falar quem é o melhor do mundo e até sustentar esse posto. O Lyoto Machida é o campeão da categoria, mas pode aparecer um outro lutador, até outro brasileiro, e vencê-lo. Não dá para dizer que o campeão de uma categoria é o melhor. Ele pode até ser naquele momento.

Durante todo esse tempo afastado dos ringues, apenas observando, o que mudou no MMA?

Na minha opinião, olhando de fora, o esporte cresceu muito em todo o planeta. Las Vegas injetou força no evento (UFC), que ganhou outro porte. O esporte dominou o mundo e hoje é muito mais profissional. Houve também uma melhora dos atletas, no nível técnico. Hoje os lutadores estão mais treinados. Mas acho que o melhor é o fato de não ter mais muito o que acontecia no Pride, um primeiro round de 10 minutos. Era muito difícil lutar esse primeiro round e depois render bem. Com três rounds de cinco, os atletas puderam soltar muito mais o jogo. Assim a luta fica muito mais excitante.

Enfim, quando realmente você deve voltar a lutar?

Meu joelho está se recuperando bem. O meu plano é voltar a lutar em outubro, se Deus quiser no Ultimate. Mas, como disse, ainda não há nada certo. Foi apenas uma conversa que me deixou super esperançoso.

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