A arte da superação, com o exemplo do faixa-preta André Silva

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André voltou a ser campeão após perder mais de 60kg. Fotos: Divulgação GB

Meu nome é André Silva e há seis anos tenho uma unidade Gracie Barra no Bairro de São Francisco, em Niterói, no Rio de Janeiro. Tenho 38 anos e sempre fui atleta, mas a intolerância insulínica, uma doença metabólica, me levou a perder autonomia sobre meu corpo e quase não me arruinou a saúde de vez. Por pouco não faleci por culpa da doença.

Cheguei a pesar mais de 200kg. Mesmo bem acima de peso, como a foto mostra, jamais abandonei minha rotina de treinos de Jiu-Jitsu. O problema é que a doença também gerou um quadro de pré-diabetes, refluxo, problemas do sono como apneia, gordura no fígado e outros riscos.

Era hora de contar com outros mestres de outras áreas para, com ajuda da ciência e da tecnologia, vencer esse rival. No fim de 2020, encontrei uma equipe médica competente e decidimos por uma cirurgia bariátrica. De acordo com os médicos, após a intervenção cirúrgica, seria preciso uma disciplina redobrada e uma rotina de vida estritamente saudável, para que eu pudesse sonhar em voltar a competir.

Um mês depois da cirurgia, consegui enfim matar a saudade do kimono e rolei por 30 minutos. Meu corpo dava sinais de que ainda estava em adaptação. Em 12 meses, foram eliminados 60kg do organismo. Recebi a alta médica antes do esperando por conta dos cuidados pós-operatórios. Isto é, uma dieta rigorosa e apropriada, trabalho físico de reabilitação rotineiro e meu treininho de Jiu-Jitsu.

Em 2022, surgiu a oportunidade de ir para os Estados Unidos e competir pelo audacioso projeto do professor Fábio “Gigantinho” Villela, na escola Gracie Barra Cedar Park. Mesmo já com 38 anos, e após aquela cirurgia invasiva, aceitei o desafio. Abri mão de um emprego público e embarquei atrás do meu sonho – o de viver integralmente em prol do Jiu-Jitsu, como meus ídolos e mestres.

Com a turma sadia da GB em Dallas.

Em três meses, disputei o Austin Compnet (medalha de ouro), o Dallas Open (um ouro, uma prata e um bronze, com e sem kimono) e o Texas Compnet (ouro). Total de cinco medalhas! Agora continuo firme para representar bem e lutar por mais medalhas na minha divisão, a categoria master 2. O professor Fábio Gigantinho tem feito um trabalho específico para melhorar meu desempenho na categoria master, na qual as lutas são mais curtas e qualquer erro custa a vitória.

Acredite nos seus sonhos. Eu acreditei, e sigo vivendo o meu sonho de voltar a ser atleta e viver em prol do nosso Jiu-Jitsu. Oss!

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