Professor Jhonny Loureiro e o Jiu-Jitsu como instrumento de evolução pessoal

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Professor Jhonny Loureiro ao lado dos mestres Fabio Gurgel, Romero Jacaré e Mario Reis. Foto: Reprodução

Nosso GMI, o faixa-preta Jhonny Loureiro faz um importante trabalho à frente da Alliance Cristo Redentor, sediada em Porto Alegre. O professor assumiu o posto na equipe há mais de uma década e tem se destacado na função. Jhonny tem como mentor o consagrado mestre Fabio Gurgel e utiliza o esporte como instrumento de evolução pessoal.

Os aprendizados adquiridos à frente da Alliance Cristo Redentor foram determinantes para a formação de Jhonny como professor. Além de treinar atletas de elite, caso da judoca Maria Portela, que defende a seleção brasileira há mais de dez anos, o faixa-preta se dedica ao trabalho com crianças de comunidades a fim de usar o esporte como ferramenta educacional.

Jhonny também tem obtido resultados expressivos como competidor. Em setembro, o faixa-preta conquistou o absoluto do Mundial Master, disputado em Las Vegas. Após ficar com o segundo lugar no peso-médio, Jhonny se reergueu na competição e venceu o aberto do Master 1. O atleta da Alliance derrotou lutadores consagrados, como Ricardo Evangelista e Gabriel Procópio para boletar o ouro.

Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Jhonny Loureiro explicou como o Jiu-Jitsu é importante na formação social do praticante e comentou os benefícios que o trabalho dele proporcionam à Alliance Cristo Redentor.

GRACIEMAG: Quais foram os seus maiores feitos como professor até o momento?

JHONNY LOUREIRO: Acredito que o meu maior feito como professor foi implantar na minha escola um legado de profissionalismo, ética e dedicação máxima para que as pessoas busquem evolução pessoal. Tenho muitos atletas de renome que treinam na nossa academia como, a Maria Portela, que defende a seleção brasileira de judô há mais de dez anos e fico muito feliz com os resultados positivos alcançados nas competições com os nossos representantes. Porém, o que mais me deixa feliz é ver as pessoas usarem o Jiu-Jitsu como uma ferramenta de evolução pessoal e se tornarem seres humanos melhores, esses são meus maiores feitos.

Como você tomou a decisão de viver em prol do esporte?

Entendi desde cedo que para eu chegar no patamar elevado, precisaria me dedicar muito e, de certa forma, foi fácil me dedicar, pois eu amo o que eu faço. Aos 21 anos, decidi dedicar toda a minha vida ao Jiu-Jitsu. Sou formado em Educação Física pela PUC-RS e trabalhei como personal trainer paralelamente ao Jiu-Jitsu até os 22 anos. Daí em diante, dediquei minha vida profissional exclusivamente ao esporte.

Que benefícios o seu trabalho proporciona à comunidade de Porto Alegre?

Nós temos como missão usar o Jiu-Jitsu como ferramenta de evolução pessoal, acredito que muitas pessoas já aprenderam muito conosco e nós com elas, a troca é constante. Já trabalhamos com mais de 100 crianças em vulnerabilidade social e até hoje ajudamos algumas famílias. Temos um professor, o Jorge Machado, que vai duas por semana ensinar Jiu-Jitsu na Ilha das Flores. O esporte é transformador e é uma excelente ferramenta de educação e aperfeiçoamento do caráter, desde pequeno ensinamos as nossas crianças a serem educadas, saberem se posicionar, cuidarem da alimentação e serem exemplos positivos onde quer que elas estejam. Com isto, acredito que já conseguimos influenciar positivamente várias famílias e vidas.

Jhonny Loureiro ao lado da atleta olímpica Maria Portela na Alliance Cristo Redentor. Foto: Reprodução

Quais foram as maiores lições que o Jiu-Jitsu te ensinou ao longo desses anos?

Nossa, foram tantas. Acredito que as principais são a resiliência e o cuidado com o nosso ser. Desde cedo, eu consegui fazer um paralelo do tatame para vida fora dele. Acredito que assim como na luta, nós precisamos encarar os problemas de frente, ter coragem, inteligência e estratégia para vencer os desafios, na vida é a mesma coisa. Acredito que o corpo, a mente e o espírito estão ligados e precisam ser cuidados simultaneamente tanto para os treinos, competições quanto para a vida. Precisamos estar alertas e nutrir o nosso ser por meio dos sentidos da melhor maneira possível, pois somente assim vamos poder dar o nosso melhor para os outros.

Como os valores da Alliance foram importantes para a sua formação como professor de Jiu-Jitsu?

Tenho grande admiração pelos nossos mestres: Jacaré, Gigi e Fabio Gurgel. Cada um deles têm seu lado especial e suas particularidades. Dentre eles, sou mais próximo do Fabio e o tenho como mentor. Aprendo muito com ele e sempre que tenho a oportunidade de tê-lo presente na minha vida o escuto. São muitos os valores como, profissionalismo, ética, superação, coragem, ousadia, mas acredito que o mais importante foi a união e a fidelidade. Quem já teve o prazer de presenciar o carinho que o Fabio tem pelo Jacaré se encanta com tamanho respeito e amizade deles, é lindo de se ver.

O que te deixa realizado como professor?

Entender que o aluno conseguiu, por meio dos meus ensinamentos, encontrar o que ele veio buscar no Jiu-Jitsu ou até mesmo surpreendê-lo com algo que ele jamais imaginaria viver. São tantos os desejos dos alunos: emagrecer, aprender a se defender, ser campeão no esporte, socializar, se tornar mais forte e melhorar a capacidade cardiorrespiratória. Enfim, são infinitas as vontades das pessoas e o mais legal disso tudo é que o professor pode proporcionar tudo isto para todos se for bem capacitado.

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