MMA e jogos de videogame se unem no cage em São Paulo

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Bem-vindo ao MMA virtual, em São Paulo. Foto: Divulgação

Quando Wellington de Castro (Konqueror 249), de 51kg, entrou no cage em São Paulo para enfrentar Bruno Henrique Gomes de Sousa (Xinok), de 75kg, a torcida se inflamou: quem seria o grande campeão? Quem mostraria mais habilidades, apesar da diferença de peso?

Bem verdade que, neste caso, a destreza seria exibida apenas pelos olhos e dedos. Sim, leitor, a equipe GRACIEMAG, com seu colaborador Francisco Tupy, acompanhou desta vez um torneio de eSports, uma competição de videogame ocorrida entre uma luta e outra de MMA real. Modernidade? Heresia? Sinal dos tempos? Deixemos que o leitor dê seu palpite.

O evento, contudo, foi divertido.  

O MMA Experience + Game Edition rolou no hotel Pullman em São Paulo, em dezembro, e foi transmitido inclusive pelo canal Band Sports. Além das lutas de MMA com atletas de equipes tradicionais do Brasil, houve lutadores de fora do país. Ao cabo do último combate, o evento prosseguiu com uma rápida limpeza da lona e a instalação de um Playstation 4 em cima do cage. Era a hora da disputa de dois cinturões virtuais: um para o jogo Mortal Kombat X ALL” e outro para “Injustice 2”, jogo que possui personagens como Batman, Coringa, Super-Homem. 

Para chegarem às finais, Wellington e Bruno Henrique disputaram a vaga com cerca de 70 competidores, por isso a adrenalina no espaço era grande – a torcida delirava com os golpes virtuais tanto quanto as lutas à vera minutos antes. No fim, o mais magrinho Wellington honrou o apelido de Konqueror: ficou com os dois cinturões.

“Do mesmo modo que lutadores eram vistos como brucutus, os jogadores de videogame sofrem preconceito, são os nerds”, percebeu o convidado Francisco Tupy. “Um evento como esse aproxima mundos, abrindo as portas do esporte para quem é dos games e as portas dos games para quem é do esporte. Ao por dois mundos aparentemente distintos no mesmo evento, o evento acaba por popularizar conhecimento, tecnologia e ainda combate preconceitos.”

Hoje, o eSports no mundo conta com times profissionais, patrocinadores de peso e prêmios milionários, inclusive com atletas que podem ganhar salários de milhares de dólares ao ano. 

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