Após Pan Sem Kimono, destaque dá dicas para arrochar o pé e o triângulo

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Luiz Panza ajusta o triângulo. Foto: Ivan Trindade/ GRACIEMAG

No último fim de semana, duas feras da Barbosa Jiu-Jitsu chamaram atenção no Pan de Jiu-Jitsu sem Kimono 2013, realizado mais uma vez em Nova York. Os faixas-pretas Murilo Santana e Luiz Panza dominaram o absoluto no torneio da IBJJF.

Antes de fechar com Murilo, Panza, em seu primeiro ano como faixa-preta, foi campeão nos pesados com duas finalizações na chave de pé. Ele nos passou alguns macetes para o golpe, assim como ataques da guarda como o triângulo.

GRACIEMAG: Qual é a importância de vencer um torneio como o Pan de Jiu-Jitsu Sem Kimono?

LUIZ PANZA: O Jiu-Jitsu sempre foi minha paixão, e como faço o que amo com muita dedicação, os resultados aparecem. O primeiro ano de faixa-preta é conturbado, eu ainda venho me situando, mas foi importantíssima essa vitória entre os grandes nomes inscritos. Foram quatro lutas no peso pesado e no absoluto, e sempre saí na frente, atacando sempre. Lutei sem me preocupar com o gás e caí para dentro.

Na final do pesado, você finalizou o Daniel Simmler (Renzo Gracie) na chave de pé. Como fez?

Essa luta foi rápida, finalizei em 28 segundos. Busquei meu jogo de guarda e fui enrolando o pé do Daniel até ele dar a brecha. Assim que consegui, ajustei a pressão. O detalhe para finalizar na botinha é ter calma e precisão, não precisa fazer força. Quando laçar o pé, procure jogar a cabeça para trás. Com isso sua mão vai junto e a pressão aumenta. É nesse ponto que você finaliza. Venho treinando bastante essa posição para complementar meu jogo, porque quando o chicote estala a gente apela para o pé [risos].

E depois no absoluto, foi guerra?

Após vencer o peso, entrei menos preocupado e o jogo fluiu. Evitei pensar em quem enfrentaria, só me concentrei antes da luta e procurei me divertir, sem preocupações em excesso. Isso foi essencial, me ajudou bastante a ter um absoluto tranquilo. Finalizei duas lutas, o Ronnie Wuest (Balance) no triângulo e depois o Vitor Oliveira (GFTeam) no pé. No final foi só alegria, fechei com meu irmão Murilo Santana.

E o Vitor vinha embalado em diversos absolutos nos campeonatos de pano, mesmo sendo peso médio.

O Vitinho está numa fase boa e é bem forte, tem umas passagens de guarda muito justas. Já tinha observado algumas lutas dele e analisei o jogo dele antes de enfrentá-lo. O Vitor aceitou minha guarda e tive a felicidade de entrar na chave de pé reta e finalizar, logo no começo.

Que dica você deixa para nosso leitor guardeiro?

Para ter uma desenvoltura boa como guardeiro, é preciso contar com um amplo arsenal de ataques, pois a guarda ofensiva é mais eficaz. Um bom alongamento ajuda, mas o principal é saber até onde seu corpo pode ir e aguentar a pressão. Um dos ataques mais eficientes da guarda é o triângulo, que gosto de fazer desde a faixa-branca. Para afiar o triângulo, procure exercitar sempre o quadril para ficar ágil e forte. Faça movimentos da finalização inúmeras vezes, se coloque em situações de perigo e se defenda procurando surpreender com o golpe. É treinar e tentar se aperfeiçoar.

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