Depois do voador, Tussa cria o ‘triângulo salvador’

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O faixa-preta Roberto Alencar, o Tussa, havia afirmado em entrevista concedida ao GRACIEMAG.com a três dias do Mundial Sem Kimono de Long Beach que iria em busca do tricampeonato no torneio organizado pela Federação Internacional de Jiu-Jitsu (IBJJF). Dito e feito. O lutador da Gracie Barra levou não somente o tri, mas garantiu o mais importante dos títulos dos campeonatos de Jiu-Jitsu, o absoluto. Não bastasse, destronou o então campeão de 2008 Antonio Braga Neto em final vencida por uma queda.

“O Braga Neto tinha me derrotado no ano passado e já sabia um pouco do jogo dele. Decidi trocar em pé e testar o wrestling. Braga ganhou uma vantagem no início da luta até 8min30s. quando eu consegui uma queda vencendo ele por 2 a 0. Foi uma luta muito equilibrada onde venceu aquele que traçou a melhor estratégia”, avaliou Tussa.

A seguir, você confere com exclusividade um bate-papo com o destaque do Mundial Sem Kimono.

(Assista aqui a Tussa aplicando um dos seus triângulos.)

Como se sente após o tri e o título absoluto?

Estou fazendo história (risos). Desde que mudei para os EUA sempre lutei tudo que pude. Gosto muito de lutar. Não importa contra quem. Eu estou muito feliz e realizado. Realizei um sonho de ser campeão nas duas divisões. Gostei do gostinho de ser campeão e quero mais.

O que fez de diferente no absoluto, onde você tinha dois bronzes?

Em 2007 encontrei na semifinal o Jeff Monson e ele acabou me derrotando por pontos, 4 a 0, duas quedas. Escolhi a estratégia errada de ficar em pé com ele. Em 2008, contra o Braga Neto, joguei o tempo todo por baixo e acabei me dando mal. Este ano foi minha vez de me dar bem e levar o título. Escolhi a estratégia certa de ficar em pé e quedar no final. O sentimento é o de ter feito o treinamento na medida certa e ter escolhido a melhor estratégia. Vale a pena treinar forte e se dedicar. Um dia chega sua vez.

Como foram suas lutas na categoria?

 Fiz três lutas no peso pesado. Na primeira, lutei com o lutador do UFC Travis Lutter, um atleta muito forte que acabei ganhando nos pontos (9 a 0), a semi-final eu encontrei João Assis e acabei finalizando com uma kimura passando pra final contra o Marcel Louzado. Para quem assistiu, não se arrependeu porque a luta foi um guerra. Pontapé, lindas quedas, guerra de torcidas e no final foi um triângulo que acabou com a festa da CheckMat. O triângulo não foi voador, mas podemos chamá-lo de triângulo salvador, pois estava perdendo a luta de 4 a 2 e faltando 38 segundos finalizei.

O absoluto foi mais duro?

Como todos sabem, na faixa-preta o nível se iguala. Todos podem chegar lá. Ninguém entra pra cumprir tabela. Quem está lá quer ganhar. Mas o fundamental foi a preparação física e a escolha da estratégia. Cada lutador tem um  tipo de jogo. Enfrentei o Bruno Bastos na semifinal e o Braga Neto eu já tinha lutado e sabia o ponto forte deles. Tracei minha estratégia e fui campeão.

Qual é o plano agora?

Estou indo a Brasília visitar a minha família. Acho que vai ter um campeonato lá na minha cidade. O Europeu está em mente, mas com certeza no Pan estarei lá. Gosto de lutar então vocês me verão em breve. De repente no ano que vem arrumo um tempinho pra treinar para MMA também.

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